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Pimentel nomeia investigado por fraude como presidente de estatal

Arthur Maia Amaral é investigado por suspeita de vender remédios adquiridos com dinheiro público em uma farmácia de sua propriedade

Fernando Pimentel: a Funed é vinculada à Secretaria de Estado da Saúde (Antonio Cruz/ABr/Agência Brasil)

Fernando Pimentel: a Funed é vinculada à Secretaria de Estado da Saúde (Antonio Cruz/ABr/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 12 de janeiro de 2017 às 09h35.

Última atualização em 12 de janeiro de 2017 às 09h39.

Belo Horizonte - O governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), nomeou para o cargo de presidente da Fundação Ezequiel Dias (Funed), estatal fabricante de medicamentos, Arthur Maia Amaral, que é investigado por suspeita de vender remédios adquiridos com dinheiro público em uma farmácia de sua propriedade.

Amaral, que é filiado ao PT, foi prefeito de Luminárias por dois mandatos e deixou o cargo no dia 31 passado. As investigações da Polícia Federal na cidade, que fica a 280 quilômetros de Belo Horizonte, tiveram início em 2011.

À época, conforme a investigação, foram descobertos medicamentos com lotes raspados na farmácia do então prefeito, o que é um indício de fraude. Em agosto de 2014, por causa das suspeitas, a PF deflagrou a Operação Hígia. Amaral e outros quatro servidores municipais foram ouvidos e liberados.

O ex-prefeito, que é farmacêutico, negou as irregularidades. "Foi uma denúncia política. Mandaram uma carta anônima. Minhas farmácia tem 75 anos. Pertenceu ao meu avô. Entreguei todas as notas fiscais dos medicamentos comprados pela farmácia e todas as notas fiscais e licitações dos medicamentos comprados pela prefeitura. Não há problema algum."

A Funed é vinculada à Secretaria de Estado da Saúde. A fundação produz medicamentos como anti-hipertensivos, antidepressivos e analgésicos. Em nota, a assessoria de Pimentel disse "que a nomeação para o cargo de presidente da Funed levou em conta exclusivamente critérios técnicos". "Com relação à investigação citada, cabe esclarecer que não houve condenação ou comprovação de envolvimento de Amaral em qualquer investigação conduzida pela PF." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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