Pimentel: "Pela natureza do serviço prestado pela empresa, a relação com a gráfica já se encerrara", disse equipe do petista (Manoel Marques/Pimentel 13/Divulgação)
Da Redação
Publicado em 8 de outubro de 2014 às 17h39.
Brasília - A assessoria do governador eleito de Minas, Fernando Pimentel (PT), admitiu nesta quarta-feira que dois homens presos ao desembarcar de um jatinho em Brasília, portando R$ 116 mil, prestaram serviços à campanha dele.
Em nota, a equipe do petista se esquivou de ligação com o episódio: "A Coligação Minas para Você não pode se responsabilizar pela conduta de fornecedores".
A assessoria de Pimentel informou que Marcier Trombiere Moreira, ex-assessor do Ministério das Cidades, trabalhava na equipe de comunicação da campanha.
A Gráfica Brasil Editora e Marketing, do empresário Benedito Rodrigues de Oliveira Neto, também detido, foi fornecedora da campanha.
"As notas fiscais foram emitidas e as despesas serão declaradas na prestação de contas final", diz a assessoria de Pimentel.
Na nota, a equipe do petista alega que a campanha foi encerrada no domingo passado, dia da eleição, que seria a "data limite para a permanência de qualquer prestador de serviços".
"Pela natureza do serviço prestado pela empresa, a relação com a gráfica já se encerrara", afirmou.
Benedito, conhecido como Bené, Marcier e um terceiro envolvido foram presos na noite de terça, no Aeroporto Juscelino Kubitschek, portando R$ 116 mil.
A Polícia Federal abriu inquérito para apurar a origem dos recursos, que podem ser para campanhas.
Eles foram liberados após prestar depoimento.
Marcier era assessor do Ministério das Cidades e se desligou do cargo para trabalhar para Pimentel.
Bené foi um dos envolvidos do escândalo do dossiê na campanha da presidente Dilma em 2010.
Fornecedor do governo, ele teria sido o responsável por providenciar a casa na qual aliados da candidata teriam montado um dossiê contra o então adversário, José Serra (PSDB).