Brasil

PGR vê indícios de atuação de Lindbergh em favor da OAS

Suspeita é de que parlamentar tenha recebido R$ 700 mil para defender interesses da empreiteira em MP que tratou sobre licitações de obras em aeroportos

O parlamentar disputou o cargo de governador do Rio de Janeiro em 2014 pelo PT (Wilson Dias/ABr/Agência Brasil)

O parlamentar disputou o cargo de governador do Rio de Janeiro em 2014 pelo PT (Wilson Dias/ABr/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 16 de julho de 2018 às 22h40.

Brasília - A Procuradoria-Geral da República (PGR) enviou manifestação ao Supremo Tribunal Federal (STF) em que afirma haver indícios de que o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) atuou em favor da empreiteira OAS no trâmite de uma medida provisória da época do governo da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). A informação foi revelada pelo jornal O Globo e confirmada pelo Broadcast Político.

A suspeita é de que o parlamentar tenha recebido cerca de R$ 700 mil, entre 2013 e 2014, para defender os interesses da OAS durante o tramite da MP 600/2012, que tratou sobre as licitações de obras em aeroportos.

Segundo a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, há indícios de que Lindbergh teria influenciado Dilma na propositura dos vetos parciais, para favorecer os interesses da OAS. A MP foi convertida e sancionada como lei em junho de 2013.

Dodge repassou as informações ao STF em manifestação para que o inquérito continue tramitando na Suprema Corte. O Broadcast Político apurou que o ministro Celso de Mello, relator do processo, aceitou o pedido da PGR e enviou o inquérito à Polícia Federal para conclusão das apurações.

Mensagens encontradas pela PF no telefone celular do ex-presidente da OAS, Léo Pinheiro, apontam agendamentos de encontros com o parlamentar para tratar da MP. Segundo O Globo, os investigadores colheram indícios de que a OAS repassou ao menos R$ 700 mil a Lindbergh através de pagamentos de serviços de publicidade em caixa dois.

O parlamentar disputou o cargo de governador do Rio de Janeiro em 2014 pelo PT. Na ocasião, foi reeleito Luiz Fernando Pezão, do MDB.

Defesa

A reportagem está tentando contato com a assessoria do senador. O espaço está aberto para manifestação.

Acompanhe tudo sobre:OASPGR - Procuradoria-Geral da RepúblicaSupremo Tribunal Federal (STF)

Mais de Brasil

Bolsonaro nega participação em trama golpista e admite possibilidade de ser preso a qualquer momento

Haddad: pacote de medidas de corte de gastos está pronto e será divulgado nesta semana

Dino determina que cemitérios cobrem valores anteriores à privatização

STF forma maioria para permitir símbolos religiosos em prédios públicos