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PGR tem 15 dias para se manifestar sobre Bolsonaro no caso Marielle

Pedidos de investigação se baseiam no fato de Carlos Bolsonaro ter dito que acessou gravações da portaria no condomínio Vivendas da Barra, no Rio de Janeiro

Jair Bolsonaro: "Abra-se vista à Procuradoria-Geral da República para que se manifeste no prazo de 15 dias" (Ueslei Marcelino/Reuters)

Jair Bolsonaro: "Abra-se vista à Procuradoria-Geral da República para que se manifeste no prazo de 15 dias" (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Reuters

Publicado em 26 de novembro de 2019 às 15h25.

Última atualização em 26 de novembro de 2019 às 15h26.

Brasília — O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), deu um prazo de 15 dias para que a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifeste em dois pedidos para que o presidente Jair Bolsonaro e o filho dele, o vereador no Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (PSC), sejam investigados por suposta obstrução de Justiça nas investigações a respeito do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) no ano passado.

"Abra-se vista à Procuradoria-Geral da República para que se manifeste no prazo de 15 dias", disse Moraes em despacho publicado nesta terça.

Os pedidos apresentados pela Associação Brasileira de Imprensa e pelo PT têm como base o fato de Carlos Bolsonaro ter dito que acessou as gravações da portaria no condomínio Vivendas da Barra, no Rio de Janeiro, onde mora um dos acusados do assassinato da vereadora.

Um porteiro do condomínio — onde Bolsonaro e seu filho também têm casa — disse inicialmente à Polícia Civil que "seu Jair" autorizou, no dia 14 de março de 2018, a entrada do ex-policial militar Élcio de Queiroz no local. Élcio e o policial reformado Ronnie Lessa, também morador do condomínio, respondem pelo assassinato da vereadora.

O presidente, contudo, não estava no local no dia da morte de Marielle — estava na Câmara dos Deputados, em Brasília. Posteriormente, o porteiro recuou de seu depoimento inicial e disse ter se enganado.

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