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PGR diz que investigações têm "tempo próprio"

"O Ministério Público Federal somente exerce sua função de apurar indícios de crimes citados por colaboradores, com responsabilidade", declarou a PGR

Janot: de acordo com manifestação, "nenhuma investigação tem como objetivo interferir ou influenciar a agenda política do país (Ueslei Marcelino/Reuters)

Janot: de acordo com manifestação, "nenhuma investigação tem como objetivo interferir ou influenciar a agenda política do país (Ueslei Marcelino/Reuters)

AB

Agência Brasil

Publicado em 13 de dezembro de 2016 às 19h43.

Última atualização em 13 de dezembro de 2016 às 19h44.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) divulgou nota hoje (13) em que afirma que as investigações da Operação Lava Jato obedecem "tempo próprio, independente da agenda política do país".

De acordo com manifestação, "nenhuma investigação tem como objetivo interferir ou influenciar a agenda política do país".

Ontem (12), o presidente Michel Temer pediu ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, para acelerar os depoimentos de investigados ao Ministério Público Federal e finalizar "o quanto antes" os processos de eventuais homologações das colaborações premiadas.

"O Ministério Público Federal somente exerce sua função de apurar indícios de crimes citados por colaboradores, com responsabilidade e profissionalismo. O desenvolvimento das investigações obedece tempo próprio, independente da agenda política do país.", declarou a PGR em nota.

Em seu pedido à Janot, o presidente Temer argumentou que o país passa por "sérias crises econômica e política" e disse que as medidas de ajuste fiscal conduzidas pelo governo vêm "sofrendo interferência pela ilegítima divulgação" de depoimentos de delatores, em uma crítica aos vazamentos.

Segundo ele, enquanto as delações não forem completadas e homologadas, o país vai continuar num "clima de desconfiança geradora de incerteza".

Mais cedo, a procuradoria foi criticada pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), denunciado ontem pela PGR ao Supremo um dos inquéritos da Lava Jato. Segundo o parlamentar, o Ministério Público "passou a fazer política".

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