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PGR diz que decisão pela extradição de Battisti é "perfeitamente possível"

Questionada se a liminar de Fux bastaria, não sendo obrigatória a análise pelo plenário do STF, a chefe da PGR disse que a decisão individual é suficiente

Cesare Battisti: italiano, condenado na Itália por quatro assassinatos nos anos de 1970, está em 'local incerto e não sabido' e é considerado foragido (Paulo Fridman/Getty Images)

Cesare Battisti: italiano, condenado na Itália por quatro assassinatos nos anos de 1970, está em 'local incerto e não sabido' e é considerado foragido (Paulo Fridman/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 14 de dezembro de 2018 às 21h41.

Brasília - A Procuradora-Geral da República, Raquel Dodge, afirmou nesta sexta-feira, 14, que a decisão pela extradição do italiano Cesare Battisti é "perfeitamente possível do ponto de vista constitucional". Após o ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), decretar a prisão do italiano, o presidente da República Michel Temer decidiu extraditá-lo nesta sexta. Battisti, condenado na Itália por quatro assassinatos nos anos de 1970, está em 'local incerto e não sabido' e é considerado foragido.

"Eu requeri ontem a prisão preventiva para fins de extradição e o ministro Luiz Fux a concedeu. Essa (a decisão do presidente Temer) é uma prerrogativa do presidente em exercício do cargo. É perfeitamente possível do ponto de vista constitucional", disse Raquel em evento que ocorre na sede da Procuradoria-Geral da República em Brasília.

Em manifestação feita pela chefe da PGR em março, dentro do processo de Battisti, Raquel já havia afirmado que o presidente da República poderia rever a decisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que em 2010 negou extraditar o italiano.

Questionada ainda se a liminar de Fux bastaria para o caso, não sendo obrigatória a análise pelo plenário da Suprema Corte, a chefe da PGR respondeu que a decisão individual do ministro é suficiente. "Para fins de extradição é bastante porque já houve decisão anterior do STF sobre o assunto", respondeu.

Em 2009, o STF julgou procedente o pedido de extradição feito pela Itália três anos antes, mas deixou a palavra final para o presidente da República. Foi quando Lula negou entregar Battisti ao país italiano.

Nesta sexta-feira, a defesa de Battisti recorreu da decisão de Fux. Os advogados pediram que o ministro revogue a ordem de prisão contra Battisti, ou suspenda até que o plenário decida sobre seu caso. Um último pedido é para que Fux leve o recurso apresentado hoje para o plenário da Corte ainda em 2018.

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