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PGR assina acordo para investigações sobre Odebrecht e Lava Jato

Declaração foi assinada por autoridades do Brasil, Argentina, Chile, Colômbia, Equador, México, Panamá, Peru, Portugal, República Dominicana e Venezuela

Odebrecht: escândalo de corrupção envolvendo a construtora na Lava Jato tem se espalhado pela América Latina (Guadalupe Pardo/Reuters)

Odebrecht: escândalo de corrupção envolvendo a construtora na Lava Jato tem se espalhado pela América Latina (Guadalupe Pardo/Reuters)

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Reuters

Publicado em 17 de fevereiro de 2017 às 10h39.

São Paulo - A Procuradoria-Geral da República (PGR) assinou acordo de cooperação internacional com Ministérios Públicos de 10 países para estreitar a ajuda mútua nas investigações sobre a construtora Odebrecht e a operação Lava Jato, que investiga um bilionário esquema de corrupção na Petrobras, informou a PGR na noite de quinta-feira.

A declaração assinada por representantes dos MPs de Brasil, Argentina, Chile, Colômbia, Equador, México, Panamá, Peru, Portugal, República Dominicana e Venezuela afirma que o acordo de delação premiada com 78 executivos ligados à Odebrecht tem sigilo até junho deste ano, mas se compromete a "reforçar a importância de utilizar outros mecanismos de cooperação jurídica internacional".

"O Brasil tem recebido vários pedidos de cooperação jurídica internacional relacionados ao caso Odebrecht, mas está obrigado a cumprir suas leis internas e a respeitar o prazo ajustado, sem prejuízo de que os países deem continuidade às investigações que já tenham iniciado", afirma o documento.

"A pedido da empresa (Odebrecht), os presentes acordaram unanimemente escutar uma exposição de seus advogados sobre a disposição da companhia de cooperar com os Ministérios Públicos e Fiscalias da região para elucidar todos os fatos ilícitos vinculados a sua atuação."

O escândalo de corrupção envolvendo a Odebrecht na Lava Jato tem se espalhado pela América Latina e causado também turbulência política em países vizinhos.

No Peru, por exemplo, o ex-presidente Alejandro Toledo teve a prisão decretada e na Colômbia há suspeitas de que a empreiteira tenha feito doações à campanha eleitoral do presidente Juan Manuel Santos.

A delação da Odebrecht também tem abalado a cena política no Brasil com os nomes de vários políticos citados em vazamentos dos acordos, que já foram homologados pelo Supremo Tribunal Federal (STF), mas ainda seguem sob sigilo.

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