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Pfizer pede autorização à Anvisa para vacinar crianças de 5 a 11 anos

Atualmente, a vacina da Pfizer pode ser aplicada em adolescentes a partir de 12 anos no Brasil

Pfizer: a vacina apresentou 90,7% de eficácia contra o coronavírus em um ensaio clínico com crianças de 5 a 11 anos (Justin Tallis/Pool/Getty Images)

Pfizer: a vacina apresentou 90,7% de eficácia contra o coronavírus em um ensaio clínico com crianças de 5 a 11 anos (Justin Tallis/Pool/Getty Images)

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André Martins

Publicado em 12 de novembro de 2021 às 17h19.

Última atualização em 12 de novembro de 2021 às 17h32.

A Anvisa recebeu nesta sexta-feira, 12, a solicitação da farmacêutica Pfizer para autorização de sua vacina contra covid-19 em crianças entre 5 e 11 anos.

O prazo de avaliação da Anvisa para o pedido é de até 30 dias. Conforme informado pela Pfizer para a Anvisa, a dosagem da vacina para a faixa etária será ajustada e menor que aquela utilizada por maiores de 12 anos. Dessa forma, a proposta é ter frascos diferentes, com dosagem específica para cada grupo (maiores ou menores de 12 anos). Segundo a empresa, os frascos serão diferenciados pela cor.

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Atualmente, a vacina da Pfizer pode ser aplicada em adolescentes a partir de 12 anos no Brasil. Além disso, é a única com autorização da Anvisa para uso em pessoas menores de idade. Em agosto, a agência regulatória negou o uso da Coronavac para a faixa etária de 3 a 11 anos por falta de documentação.

No fim de outubro, a empresa já havia adiantado que iria pedir a autorização do imunizante para crianças no decorrer de novembro. A solicitação segue a linha da que foi enviada ao Food and Drug Administration (FDA), nos Estados Unidos. Os americanos já iniciaram a vacinação desta faixa etária. 

Eficácia da Pfizer em crianças

A vacina da Pfizer apresentou 90,7% de eficácia contra o coronavírus em um ensaio clínico com crianças de 5 a 11 anos.

No estudo, 16 crianças que receberam placebo (substância inócua) tiveram Covid-19, em comparação com 3 que foram vacinadas, disse a Pfizer em documentos enviados à Agência de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos (FDA).

Como mais do que o dobro de crianças --no ensaio com 2.268 participantes-- receberam a vacina em relação ao placebo, isso equivale a mais de 90% de eficácia.

A questão da segurança, no entanto, foi o foco principal dos reguladores e seus conselheiros, em parte porque a vacina foi associada a casos raros de efeitos colaterais cardíacos em outro grupo — adolescentes e jovens do sexo masculino. Os sintomas tendem a ser leves e tratáveis, segundo os médicos.

(Com informações da Reuters)

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