LYRICA: responsável por 1,25 bilhão de dólares em faturamento da farmacêutica Pfizer, a droga perde sua patente em 2019 / Andreas Rentz/Getty Images
Da Redação
Publicado em 31 de outubro de 2016 às 19h46.
Última atualização em 23 de junho de 2017 às 18h39.
Quando a farmacêutica Pfizer divulgar o balanço do terceiro trimestre hoje os acionistas não esperam ter que recorrer a calmantes. As estimativas são positivas para os lucros e para o faturamento, que deve vir em torno de 13 bilhões de dólares, um aumento de 7,2% em relação ao ano passado.
O otimismo está em parte nas aquisições. Recentemente a Pfizer comprou a Anacor, além da Medivation por 14 bilhões de dólares e adicionou ao catálogo a droga Xtandi, uma das grandes vendas para tratamento de câncer de próstata. A compra se soma ao Ibrance, um remédio contra o câncer de mama, que vendeu 514 milhões de dólares no último trimestre, aumento de 300% se comparado ao ano anterior. Com elas, a Pfizer tem duas soluções para o tipo mais comum de câncer que atinge homens e mulheres.
Aquisições à parte, um dos focos do balanço deve ser nas vendas de grandes sucessos do grupo, como o remédio para impotência Viagra e o Lyrica, indicado contra epilepsia. Juntas, as drogas responderam por mais de 1,65 bilhão de dólares em vendas no último balanço. A preocupação de investidores é que ambas as drogas continuem com bons rendimentos antes que as patentes expirem — o Viagra perde a patente em 2017 e o Lyrica em 2019.
No ínterim, a empresa deve providenciar um novo blockbuster para suprir a redução das vendas com o fim das patentes. Os investimentos em novas sínteses já são na casa dos 7 bilhões de dólares por ano. A propriedade intelectual sobre os remédios duram 20 anos, então o tempo é contado para que um novo hit surja. A Pfizer tem aproximadamente oitos drogas em catálogo cujo retorno é estimado para alcançar 1 bilhão de dólares ainda este ano. Para o investidor, quanto antes o novo best seller surgir, melhor.