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PF realiza operação para investigar fraude de R$ 11 milhões via PIX na Caixa

A investigação aponta que funcionário da instituição teria movimentado recursos de clientes via PIX sem o consentimento deles

PF: investigação apura transferências indevidas (Caixa/Divulgação)

PF: investigação apura transferências indevidas (Caixa/Divulgação)

André Martins
André Martins

Repórter de Brasil e Economia

Publicado em 27 de maio de 2025 às 14h14.

A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta terça-feira, 27, a operação Inside Threat, que apura fraudes contra a Caixa e seus clientes, com prejuízo estimado em R$ 11,1 milhões.

A Delegacia de Repressão a Crimes no Distrito Federal cumpriu mandados de busca e apreensão, além de outras medidas cautelares determinadas pela 15ª Vara Federal Criminal da Seção Judiciária do Distrito Federal (STDF). Foram realizadas buscas domiciliares e pessoais, além da quebra dos sigilos telemático, bancário e fiscal, e o sequestro de bens até o valor do prejuízo apurado.

Segundo a PF, a investigação, que originou de apuração interna da própria Caixa, aponta como principal suspeito um funcionário da instituição. Ele teria movimentado recursos de clientes via PIX sem o consentimento deles. Há indícios de uso de contas de terceiros para ocultar os valores desviados, além da transferência para empresas de apostas.

Os crimes investigados incluem furto mediante fraude eletrônica, peculato, furto e lavagem de dinheiro.

A operação foi deflagrada simultaneamente com a operação Não Seja um Laranja, que atua no Distrito Federal e Goiás para desarticular esquemas de fraudes bancárias eletrônicas. A ação conjunta envolve a Polícia Federal e as Polícias Civis dos dois estados.

A ação, de acordo com a PF, integra a Força-Tarefa Tentáculos e decorre do Acordo de Cooperação Técnica firmado em 2024 entre a Polícia Federal e a Polícia Civil do Distrito Federal. O objetivo é ampliar o compartilhamento de tecnologias para combater crimes contra instituições financeiras praticados pela internet.

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