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PF quer saber sobre apartamento em NY ligado a João Santana

Nos e-mails abertos pela Lava Jato, Mônica e sua filha, Alice Moura Requião, dão o endereço em Nova York ao fazer compras via internet


	João Santana: nos e-mails abertos pela Lava Jato, Mônica e sua filha, Alice Moura Requião, dão o endereço em Nova York ao fazer compras via internet
 (REUTERS/Rodrigo Paiva)

João Santana: nos e-mails abertos pela Lava Jato, Mônica e sua filha, Alice Moura Requião, dão o endereço em Nova York ao fazer compras via internet (REUTERS/Rodrigo Paiva)

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Da Redação

Publicado em 24 de fevereiro de 2016 às 17h34.

Curitiba e São Paulo - Os delegados da Polícia Federal, que começaram a ouvir nesta quarta-feira, 24, o marqueteiro do PT João Santana e sua mulher e sócia, Mônica Moura, querem saber detalhes sobre o apartamento 8W, na 19ª Avenida, em Nova York, que é indicado como endereço em compras e está registrado em nome de uma empresa aberta por eles, em 2009, em El Salvador.

"Foram identificadas diversas mensagens nas quais Mônica Regina Cunha Moura indica como endereço um apartamento em Nova Iorque - 245 19th Ave Apt 8W, New York, NY 10001?, informa Relatório de Análise da PF no e-mail "monicarm@terra.com.br", assinado pelo delegado Filipe Hille Pace, no dia 20 de janeiro.

Nos e-mails abertos pela Lava Jato, Mônica e sua filha, Alice Moura Requião, dão o endereço em Nova York ao fazer compras via internet.

"Informações das autoridades americanas dão conta de que o imóvel de Nova Iorque se encontra registrado em nome da Polistepeque Comunicacion Y Marketing S.A de C.V., empresa de Mônica Moura e João Santana constituída em El Salvador, conforme informações fiscais dos investigados", registra relatório da PF.

"Não há, no entanto, declaração ao Fisco do imóvel de Nova Iorque, existindo dolosa intenção de ocultá-lo das autoridades brasileiras", diz a PF.

Santana e a mulher serão perguntados nos depoimentos sobre essa propriedade e outras, como o apartamento de R$ 3 milhões, comprado em São Paulo.

Bloqueado pela Justiça Federal, na Operação Acarajé, parte dele foi pago pela offshore Shellbill Finance SA, que seria do marqueteiro, e que recebeu pelo menos US$ 7,5 milhões de forma suspeita no período investigado.

A propriedade da Polistepeque, em nome de Santana e Mônica, foi incluída nas declarações de Imposto de Renda do casal em 2015, quando eles retificaram suas declarações à Receita de 2010 a 2014.

Foram incluídas além da empresa de El Salvador, outras como a Polis Caribe Comunicaciona Y Marketing, na República Dominicana, Polis América SA, no Panamá, e a Polis Propaganda na Argentina.

"A Lava Jato levantou também os voos feitos o João Santana e por Mônica a Nova Iorque.

Cumpre relembrar que Monica Moura, ao instruir Zwi Skornicki quanto aos depósitos que deveria fazer em conta no exterior mantida no Banco Heritage, da Suíça, orientou que fosse realizado através de uma conta correspondente em Londres ou através do Citibank, de Nova York, cidade para a qual, conforme se observa, Mônica e João viajam frequentemente"

Defesa

Na terça-feira, 23, o criminalista Fábio Tofic Simantob, que defende João Santana e sua mulher, disse que seu cliente vai "dar todos os esclarecimentos que precisam ser dados", no depoimento que acontece na tarde desta quarta-feira, 24.

Tofic disse poder afirmar que "não tem um centavo de valor recebido no exterior que digam respeito a campanhas brasileiras".

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