Provas: concurseiros disseram que pagaram R$ 6 mil pelas respostas da prova (Marcos Santos/USP Imagens/Divulgação)
Estadão Conteúdo
Publicado em 27 de março de 2017 às 11h54.
São Paulo - A Polícia Federal prendeu neste domingo, 26, três envolvidos em um esquema para fraudar um concurso público para cargos de técnico e analista do Tribunal Regional do Trabalho do Mato Grosso do Sul (TRT-MS).
Eles foram detidos na Operação Gabarito, deflagrada pela PF após uma denúncia anônima de que um dos membros do esquema iria alegar problemas de saúde para deixar o local no início da prova enviaria as perguntas do concurso para membros do grupo em Brasília, que repassariam para outros envolvidos.
Por meio de ponto eletrônico estes membros iriam responder as questões e repassar aos outros envolvidos. Diante disso, agentes da PF foram aos locais de prova disfarçados e, logo no começo da prova, um candidato pediu para deixar o local do certame alegando problemas de saúde.
Segundo a PF, o candidato pretendia trocar a prova por um simulado, entregando o simulado aos fiscais do concurso, e levando com isso as perguntas oficiais do concurso.
Os agentes, então, acompanharam o suspeito e o abordaram em um quarto de hotel em Brasília onde estavam outros dois envolvidos com equipamentos eletrônicos para repassar as perguntas. À PF, eles informaram que pagaram R$ 6.000,00 (seis mil reais) para obter as respostas.
Todos os membros do grupo eram de Alagoas. Os três foram detidos e indiciados pela Polícia Federal por formação de quadrilha e por fraudar a credibilidade do concurso público.
"Até o presente momento, acredita-se que a atuação da PF evitou que esta quadrilha obtivesse sucesso em fraudar o certame", diz a nota da Polícia Federal.