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PF prende nove servidores do Ministério do Trabalho e do Sine

Operação "João XXI" tem como objetivo desarticular organização criminosa especializada na concessão irregular de seguro defeso. Prejuízo supera R$ 69 mi

Foram autorizados 25 mandados de busca e apreensão e 18 mandados de prisão preventiva (Vagner Rosário/VEJA)

Foram autorizados 25 mandados de busca e apreensão e 18 mandados de prisão preventiva (Vagner Rosário/VEJA)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 31 de julho de 2018 às 16h13.

São Paulo - A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira, 31, a Operação João XXI, com o objetivo de desarticular uma suposta organização criminosa especializada na concessão irregular de seguro defeso. Dentre os indivíduos presos, há nove servidores públicos, do Ministério do Trabalho (MTb) e do Sistema Nacional de Emprego (Sine).

Foram autorizados 25 mandados de busca e apreensão e 18 mandados de prisão preventiva, nas cidades de Caxias do Sul (RS), Belém (PA), além de Macapá, Santana, Laranjal do Jari e Almeirim (AP). Até o momento, o prejuízo apurado aos cofres públicos supera R$ 69 milhões.

Segundo a PF, os investigados "responderão pelos crimes de peculato, inserção de dados falsos em sistema de informações, organização criminosa e lavagem de dinheiro, cujas penas podem superar 40 anos de prisão".

Foram realizadas buscas na Superintendência Regional do MTb em Macapá e nas unidades do Sine de Macapá, Santana e Laranjal do Jari, além de residências.

"A operação de hoje - cujo nome é uma é referência à passagem bíblica que fala sobre a pesca milagrosa - é um desdobramento da Operação Timoneiro, deflagrada em abril deste ano. Na ocasião, foi preso um servidor do MTb que atuava em Caxias do Sul, e foi responsável pela concessão fraudulenta de 6.988 benefícios", afirma a PF.

A investigação foi conduzida pela Delegacia de Polícia Federal de Caxias do Sul (RS) e contou com apoio do Ministério Público Federal de Caxias do Sul (RS), da Coordenação-Geral de Inteligência Previdenciária (Coinp) do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e da Assessoria de Pesquisa Estratégica da Secretaria Executiva do Ministério do Trabalho (APE/SE/MTb). Os mandados foram expedidos pela Justiça Federal de Caxias do Sul.

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