Preso, Lula chega à Polícia Federal, em Curitiba (Ricardo Moraes/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 24 de abril de 2018 às 13h27.
Última atualização em 24 de abril de 2018 às 13h30.
São Paulo - A Polícia Federal (PF) pediu a remoção de Luiz Inácio Lula da Silva de suas dependências, em Curitiba. Na sexta-feira, 20, foi pedido sob sigilo à juíza Carolina Moura Lebbos, da 12ª Vara Federal de Curitiba, que o ex-presidente deixe a "cela" especial preparada para início do cumprimento da pena de 12 anos e um mês de prisão no caso triplex do Guarujá (SP).
Nesta segunda-feira, 23, a juíza responsável pela execução da pena de Lula determinou que o pedido seja analisado em um processo à parte. "Autue-se em apartado o expediente." O jornal O Estado de S. Paulo apurou que a PF não indicou para qual unidade prisional Lula deve ser removido.
Em sua terceira semana encarcerado na PF, para início de cumprimento da pena - após encerramento do processo em segunda instância -, a defesa do ex-presidente não pediu até aqui o pedido de remoção para uma unidade prisional próxima do domicílio, um direito previsto na Lei de Execução Penal.
Nesta segunda-feira, a juíza negou pedido de 14 pessoas que queriam visitar Lula alegando serem amigos do ex-presidente. Carolina Lebbos determinou que as visitas ao petista, enquanto ele estiver na unidade policial, estarão restritas aos familiares, além do contato regular com os advogados.
Pela regra, Lula tem direito de ver a família uma vez por semana. O contato com os advogados é diário, durante os dias úteis da semana. Regras iguais as dos demais detentos que estão na carceragem da PF, que fica dois andares abaixo do local onde está sua "cela" especial.
A aliados, ao advogado e nas mensagens ao militantes enviados nas últimas semanas, o petista reclama do isolamento, mas não das condições físicas do cárcere.