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FHC: e-mails mostram que o ex-presidente pediu doações diretamente a Marcelo Odebrecht

Investigação: mensagens localizadas pela PF mostram que FHC solicitou ao empreiteiro que “ajudasse” as campanhas de Antero Paes de Barros e Flexa Ribeiro (Tânia Rego/Agência Brasil)

Investigação: mensagens localizadas pela PF mostram que FHC solicitou ao empreiteiro que “ajudasse” as campanhas de Antero Paes de Barros e Flexa Ribeiro (Tânia Rego/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 7 de junho de 2018 às 07h10.

Última atualização em 7 de junho de 2018 às 09h08.

PF pede quebra do sigilo de Temer

A Polícia Federal (PF) pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a quebra do sigilo telefônico do presidente Michel Temer e dos ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Minas e Energia), referente ao ano de 2014. A informação é do jornal O Globo. O objetivo é aprofundar a investigação sobre o pagamento de 10 milhões de reais que teria sido feito pela empreiteira Odebrecht e acertado em um jantar no Palácio do Jaburu, residência oficial de Temer, naquele ano. Os investigadores buscam rastrear telefonemas feitos entre eles nas datas próximas das entregas de dinheiro em espécie relatadas pelos delatores da empreiteira. Segundo o jornal, o pedido da PF chegou ao gabinete do ministro Edson Fachin no fim de março. Fachin enviou o processo para uma manifestação da procuradora-geral da República, Raquel Dodge, que se posicionou contra a quebra do sigilo telefônico de Temer, mas a favor das quebras dos demais personagens envolvidos.

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O ‘SOS’ de FHC

A VEJA revelou que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) pediu diretamente ao empresário Marcelo Odebrecht doações a candidatos do PSDB nas eleições de 2010. Mensagens localizadas pela Polícia Federal (PF) na caixa de e-mail de Odebrecht e anexadas nesta terça-feira (5) a um dos processos da Operação Lava-Jato contra o ex-presidente Lula mostram que FHC solicitou ao empreiteiro que “ajudasse” as campanhas de Antero Paes de Barros e Flexa Ribeiro, candidatos ao Senado naquele ano por Mato Grosso e Pará, respectivamente. FHC não comenta o conteúdo das mensagens. Em um e-mail cujo assunto é “pedido”, datado de 13 de setembro de 2010, FHC escreveu a Odebrecht para lembrar o empreiteiro sobre uma demanda que já havia feito a ele em um jantar, dias antes. “Envio-lhe um SOS”, apelou. Por fim, o ex-presidente passou a conta-corrente da campanha do tucano. Em outro e-mail intitulado “o de sempre”, FHC insistiu com Marcelo Odebrecht sobre os candidatos tucanos que “precisam de atenção” e incluiu o nome do senador Flexa Ribeiro.

Sem voto impresso

A maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, há pouco, suspender o uso do voto impresso nas urnas eletrônicas durante as eleições de outubro. A Corte julga na tarde desta quarta-feira, pedido de liminar da Procuradoria-Geral da República (PGR) para impedir a impressão, criada na minirreforma eleitoral, em 2015. Até o momento, votaram contra a impressão do voto os ministros Alexandre de Moraes, Edson Fachin, Luís Roberto Barroso, Marco Aurélio, Rosa Weber e Ricardo Lewandowski. A maioria entendeu que a impressão viola o princípio constitucional do sigilo do voto.

Usiminas: aquisição negada

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) rejeitou mais uma vez a oferta pública de aquisição de ações (OPA) da siderúrgica Usiminas, nesta quarta-feira 6. Segundo a Usiminas, que citou a decisão da Superintendência de Registro de Valores Mobiliários (SRE) da CVM, o pedido de reconsideração feito pela CSN e pelo fundo de investimento Diplic após decisão do fim do ano passado foi avaliado pelo colegiado da CVM em reunião no início de maio. Em novembro do ano passado, a CVM já havia mantido a decisão pela não realização da OPA. A CSN alegou que a decisão do colegiado da CVM continha supostas “omissões e contradições”, contendo seis vícios. Entre eles a CSN afirmou que não teria sido considerado o fato de que a transferência do controle da Usiminas teria ocorrido por meio de uma operação em quatro atos, o que impossibilitaria o colegiado de visualizar a “alienação disfarçada de controle”.

BRF: negócio desmentido

A companhia de alimentos BRF negou, nesta quarta-feira, que esteja discutindo uma possível fusão com o frigorífico Minerva. Ontem, uma notícia afirmava que a fusão seria uma das estratégias do presidente do conselho de administração da companhia, Pedro Parente, para fortalecer a empresa. Segundo o site Brazil Journal, a Minerva estaria em busca de 3 bilhões de dólares com investidores estrangeiros para viabilizar a operação. Em comunicado, a BRF afirmou que “não recebeu nenhuma formalização por parte da Minerva ou de qualquer investidor estrangeiro ou nacional a respeito da operação acima mencionada.” A companhia também negou que Pedro Parente esteja articulando a operação. A BRF tenta se recuperar de uma crise que derrubou os resultados da companhia e o preço de suas ações. O mau momento culminou com a saída do empresário Abilio Diniz do cargo de presidente do conselho de administração da empresa. Ele foi substituído por Pedro Parente, que passou a conciliar o cargo com a presidência da Petrobras. Na última sexta-feira, Parente pediu demissão da estatal, após a grave crise causada pela greve dos caminhoneiros. Agora, a expectativa do mercado é que Parente assuma a presidência da BRF, cargo que está vago.

Conte aprovado no Parlamento italiano

O Parlamento da Itália aprovou, nesta quarta-feira, a indicação de Giuseppe Conte como primeiro-ministro do país. Conte já havia recebido aprovação do Senado, e agora pode continuar com seu programa. Embora tenha sido aprovado pela maioria, seu discurso é considerado radical, uma vez que defende o corte de impostos, e reformas nas regras de imigração. Além disso, o primeiro-ministro prometeu aumentar o crescimento da economia, e reduzir a dívida pública. Conte foi indicado pelo Movimento 5 Estrelas e pela aliança da direita Liga. Seu governo terá Matteo Salvini, líder da Liga, no comando da pasta do Interior, e Luigi di Maio, principal liderança do Movimento Cinco Estrelas, no Trabalho.

Europa contra sanções ao Irã

Os ministros das Relações Exteriores da França, do Reino Unido e da Alemanha enviaram uma carta para os Estados Unidos, nesta quarta-feira, exigindo isenções em certos setores da economia. A carta foi escrita após o governo americano ter imposto novas sanções à empresas do Irã que possuem negócios com companhias europeias. O ministro das Finanças da França, Bruno Le Maire, afirmou, em seu Twitter, que os países do bloco europeu “esperam que os Estados Unidos se abstenham de tomar iniciativas que prejudiquem os interesses europeus de segurança”. Entre os setores da economia europeia que poderão ser prejudicadas com as sanções ao Irã estão os da indústria farmacêutica, automobilística e da aviação civil. Em maio, os Estados Unidos deixaram o acordo nuclear — assinado em 2015 com o Irã e países da Europa — alegando o não cumprimento das cláusulas, por parte do governo iraniano.

Mais erupção na Guatemala

Subiu para 75 o número de mortes causadas pela erupção do vulcão de Fogo, na Guatemala. Além dos mortos, pelos menos 192 pessoas estão desaparecidas e milhares estão desabrigadas, segundo autoridades locais. Sete comunidades foram evacuadas na terça-feira pelo aumento da atividade vulcânica, após a qual foram suspensas as operações de resgate. De acordo com a Coordenadoria para a Redução de Desastres (Conred), novos fluxos piroclásticos — que é o resultado das fortes erupções — formados de lava, água, varas e pedras que descem do cume do colosso, de 3.763 metros de altura e situado 35 quilômetros ao sudoeste da capital. O diretor do estatal Instituto de Vulcanologia, Eddy Sánchez, disse à AFP que, após a forte erupção de domingo, o vulcão liberou “muita energia” e entrou em uma fase de “repouso ativo”. Isso significa que, embora possa gerar explosões fortes, não chegariam “a ser catastróficas” nos próximos meses.

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