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PF pede mais 90 dias para investigar propinas da Odebrecht

O pedido tem como base o volume de material apreendido na Operação Xepa, de março do ano passado

PF: inquérito apura os crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa (José Cruz/Agência Brasil)

PF: inquérito apura os crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa (José Cruz/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 7 de março de 2017 às 08h57.

São Paulo - A delegada da Polícia Federal Renata da Silva Rodrigues pediu ao juiz federal Sérgio Moro a prorrogação por mais 90 dias do inquérito que investiga o "departamento da propina" da Odebrecht, revelado com os avanços da Lava Jato sobre a empreiteira.

O pedido tem como base o volume de material apreendido na Operação Xepa - 26ª fase da Lava Jato, deflagrada em 22 de março de 2016, e que desmantelou o Setor de Operações Estruturadas, nome oficial do departamento responsável pelos pagamentos ilícitos da empresa.

O inquérito apura os crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa envolvendo ex-executivos da empreiteira. Moro ainda não decidiu se acata ou não o pedido.

Foi na Xepa que a Lava Jato identificou dezenas de apelidos usados pela cúpula da empreiteira para se referir a políticos.

Na Operação Xepa, cerca de 380 policiais federais cumpriram 110 ordens judiciais nos Estados de São Paulo, Santa Catarina, Pernambuco, Rio, Minas, Rio Grande do Sul, Piauí, Bahia e também em Brasília.

A Xepa foi deflagrada com base na delação premiada da secretária Maria Lúcia Tavares, que atuava no "departamento da propina" e foi a primeira funcionária do grupo empresarial a colaborar com as investigações.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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