Brasil

PF pede ao STF mais 60 dias de prazo em inquérito que envolve Temer

Temer é investigado nesse inquérito sob suspeita de ter recebido propina para editar um decreto que beneficiou a empresa Rodrimar

Michel Temer: dois amigos do presidente, o coronel João Baptista Lima Filho e o advogado José Yunes, chegaram a ser presos temporariamente no curso da apuração (Ueslei Marcelino/Reuters)

Michel Temer: dois amigos do presidente, o coronel João Baptista Lima Filho e o advogado José Yunes, chegaram a ser presos temporariamente no curso da apuração (Ueslei Marcelino/Reuters)

R

Reuters

Publicado em 26 de abril de 2018 às 20h36.

Brasília - A Polícia Federal apresentou nesta quinta-feira um pedido ao ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), de prorrogação por 60 dias do inquérito dos portos, que investiga se o presidente Michel Temer cometeu crimes na edição de um decreto ano passado que mudou regras portuárias, afirmou uma fonte com conhecimento do caso.

Barroso despachou o pedido da PF para a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, se manifestar antes de tomar uma decisão. Os termos do pedido da PF, com as justificativas para o pedido, não foram divulgados.

Temer é investigado nesse inquérito sob suspeita de ter recebido propina, por meio do então assessor especial, Rodrigo Rocha Loures, para editar um decreto que beneficiou a empresa Rodrimar em alterações legais para a área portuária.

A pedido do Ministério Público Federal e da Polícia Federal, Barroso autorizou a ampliação do escopo das apurações iniciais. Ele permitiu a quebra de sigilos bancário e fiscal de Temer e de pessoas próximas do presidente.

Dois amigos de Temer, o coronel aposentado da Polícia Militar de São Paulo João Baptista Lima Filho e o advogado José Yunes, chegaram a ser presos temporariamente no curso da apuração.

O Palácio do Planalto receia que o presidente seja alvo de uma terceira denúncia da Procuradoria-Geral da República -- no ano passado ele conseguiu barrar outras duas apresentadas pelo ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot.

Temer nega quaisquer irregularidades e afirma que o decreto foi fruto de um grupo de trabalho do governo e não beneficiou a Rodrimar.

Acompanhe tudo sobre:Michel TemerPolícia FederalPortosSupremo Tribunal Federal (STF)

Mais de Brasil

Banco Central comunica vazamento de dados de 150 chaves Pix cadastradas na Shopee

Poluição do ar em Brasília cresceu 350 vezes durante incêndio

Bruno Reis tem 63,3% e Geraldo Júnior, 10,7%, em Salvador, aponta pesquisa Futura

Em meio a concessões e de olho em receita, CPTM vai oferecer serviços para empresas