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PF pede a Fachin para extrair dados de celular de amigo de Temer

A autorização específica se justifica, segundo a PF, porque o procedimento pode levar à eventual perda de dados do aparelho apreendido

PF: o telefone celular foi retido pela PF em maio (Divulgação/Divulgação)

PF: o telefone celular foi retido pela PF em maio (Divulgação/Divulgação)

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Reuters

Publicado em 7 de agosto de 2017 às 19h13.

Última atualização em 7 de agosto de 2017 às 19h14.

Brasília - A Polícia Federal pediu ao ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorização para que o Instituto Nacional de Criminalística realize um procedimento especial a fim de extrair dados do celular do coronel aposentado João Baptista Lima Filho, amigo do presidente Michel Temer e alvo de busca e apreensão a partir da delação de executivos da JBS.

A autorização específica se justifica, segundo a PF, porque o procedimento pode levar à eventual perda de dados do aparelho apreendido.

O telefone celular foi retido pela PF em maio, no endereço comercial do coronel aposentado em São Paulo.

O laudo inicial feito pela polícia indicou que, em relação aos emails, somente foi possível ter acesso a data, hora, assunto, remetente e destinatário, mas não ao conteúdo do corpo das mensagens eletrônicas.

A PF também não conseguiu ter acesso a mensagens pelo aplicativo WhatsApp e quer usar outra técnica especial de acesso que pode levar a eventual perda de dados.

O pedido foi apresentado a Fachin na quinta-feira, mas ainda não houve uma decisão do ministro do STF.

Em depoimento, executivo do grupo J&F disse que entregou 1 milhão de reais em um escritório na capital paulista a uma pessoa conhecida por "coronel", que seria Lima Filho. Tanto ele quanto Temer já negaram publicamente terem recebido esse repasse.

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