A Polícia Federal tomou o depoimento de Jason Miller, aliado do presidente dos Estados Unidos Donald Trump, quando ele iria embarcar no Aeroporto de Brasília para retornar aos Estados Unidos, nesta terça-feira, 7 (Andrew Harnik/Pool/Reuters)
Agência O Globo
Publicado em 7 de setembro de 2021 às 14h10.
Última atualização em 7 de setembro de 2021 às 15h29.
A Polícia Federal tomou o depoimento de Jason Miller, aliado do presidente dos Estados Unidos Donald Trump, quando ele iria embarcar no Aeroporto de Brasília para retornar aos Estados Unidos, nesta terça-feira, 7.
Miller foi ouvido dentro do inquérito que apura a organização de milícias digitais bolsonaristas para atacar as instituições democráticas. Ele é criador de uma rede social conservadora, lançada para permitir o retorno de Trump ao debate público, depois que ele foi banido das outras redes.
O aliado de Trump estava no Brasil para participar da Conferência de Ação Política Conservadora (Cpac) e chegou a se reunir com o presidente Jair Bolsonaro no último domingo. Após o depoimento, Miller foi liberado.
O inquérito sobre as milícias digitais foi aberto por determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, após provas colhidas pela PF sobre a articulação de grupos bolsonaristas nas redes sociais com ataques às instituições democráticas.
Em nota, os advogados Milena Ramos Câmara e João Vinícius Manssur, representantes de Jason James Miller e de Gerald Almeida Brant, informam que Miller e Brant "até o momento não tiveram acesso integral aos autos dos aludidos inquéritos" e, por isso, "valeram-se do direito constitucional ao silêncio".