Polícia Federal em Curitiba: agentes estão em meio a apoiadores do ex-presidente (Rodolfo Buhrer/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 8 de novembro de 2019 às 17h22.
A Polícia Federal em Curitiba não montará nenhum esquema especial de segurança para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva deixar a prisão. Na tarde desta sexta-feira, 8, o juiz Danilo Pereira Júnior, titular da 12.ª Vara de Execuções Penais, determinou expedição de alvará de soltura do petista, menos de 24 horas depois que o Supremo Tribunal Federal (STF) declarou inconstitucional a prisão em segunda instância.
Segundo delegados ouvidos pela reportagem, a partir da determinação de soltura Lula não estará mais sob custódia da PF e deixará o prédio como os demais presos, a não ser que seus advogados peçam para que a exposição seja evitada.
A avaliação na PF é a de que a própria defesa não irá pedir que ele deixe o prédio acompanhado por policiais, para escapar de fotos e evitar tumulto, porque a escolta passaria a imagem de que o petista continua preso.
Manifestantes montaram, ao lado do prédio da PF, na capital paranaense, um palanque para Lula discursar assim que deixar a prisão. A estimativa da Polícia Militar é a de que 2 mil pessoas aguardam o ex-presidente no momento, diante da Superintendência da PF.
A presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad e o ex-senador Lindbergh Farias (RJ) também chegaram ao local. Lula está preso desde 7 de abril do ano passado, condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do triplex do Guarujá.
O petista está inelegível e responde a outros processos, situação que por enquanto não muda, mesmo que ele seja libertado. O Supremo Tribunal Federal (STF) determinou nesta quinta-feira, 7, que condenados têm direito a cumprir a pena em liberdade até que o último recurso seja julgado.