Armas: investigação teve início em fevereiro de 2019 (Niall Carson/Getty Images)
Agência O Globo
Publicado em 24 de janeiro de 2020 às 11h47.
São Paulo — A Polícia Federal deflagrou na manhã desta sexta-feira uma operação que investiga a emissão de laudos fraudulentos para registro de arma de fogo. De acordo com comunicado, há fortes indícios de falsidades ideológicas na emissão de laudos, além de formação de quadrilhas.
Segundo a PF, 130 locais recebem equipes de fiscalização. A operação ocorre simultaneamente em 72 cidades do estado. Essa é considerada a maior fiscalização de instrutores de armamento e tiro já realizada no estado de São Paulo. A operação foi batizada de "Inspeção Inicial".
A investigação teve início em fevereiro de 2019 após análise de dados inseridos no Sinarm e laudos apresentados nos pedidos de registro de arma de fogo.
"Para obtenção dos laudos, o interessado em adquirir ou portar arma de fogo pagava valores fora dos usuais praticados no setor", afirma o comunicado.
A operação, segundo a PF, visa garantir que o serviço prestado por estes profissionais credenciados esteja em plena conformidade com as normas vigentes, assim como identificar eventuais desvios ou fraudes na emissão de laudos de capacidade técnica para aquisição de armas de fogo.
"É de suma importância que os interessados em adquirir arma de fogo tenham o adequado conhecimento para utilização e manuseio seguro do armamento pretendido. O profissional responsável por avaliar e atestar esse conhecimento é o instrutor credenciado pela Polícia Federal. Daí a relevância de que sua atividade seja exercida dentro dos rigorosos parâmetros normativos vigentes", afirma a PF.
A operação é realizada pela Delegacia de Controle de Armas e Produtos Químicas em conjunto com o Grupo de Armamento e Tiro da Superintendência Regional de Polícia Federal.