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PF investiga fraudes em bolsas de estudo da Federal do Paraná

Segundo a PF, milhões de reais foram pagos, via bolsa, a pessoas que não tinham vínculo com a UFPR, entre 2013 e 2016

UFPR: são 29 mandados de prisão temporária, oito conduções coercitivas e 36 mandados de busca e apreensão (Wikimedia Commons)

UFPR: são 29 mandados de prisão temporária, oito conduções coercitivas e 36 mandados de busca e apreensão (Wikimedia Commons)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 15 de fevereiro de 2017 às 10h40.

Última atualização em 15 de fevereiro de 2017 às 10h43.

São Paulo - Em parceria com o Tribunal de Contas da União e Ministério da Transparência, Fiscalização e Controle, a Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira, 15, a Operação Research com o objetivo de apurar a prática de desvio de recursos públicos destinados à Universidade Federal do Paraná.

O nome da operação é uma referencia ao objetivo central das bolsas concedidas pela unidade, destinada a estudos e pesquisas pelos contemplados.

O alvo da investigação, de acordo com a PF, são repasses, entre 2013 e 2016, irregulares de recursos mediante pagamentos sistemáticos, fraudulentos e milionários de bolsas a inúmeras pessoas sem vínculos com a instituição.

Para cumprir os mandados expedidos pela Justiça Federal do Paraná, cerca de 180 policiais federais, seis servidores da Controladoria Geral da União e quatro dos quadros do Tribunal de Contas da União estão nas ruas.

São cumpridos 29 mandados de prisão temporária, oito conduções coercitivas e 36 mandados de busca e apreensão nos Estados do Paraná, Mato Grosso do Sul e Rio de Janeiro.

A investigação conjunta reuniu, segundo a PF, indícios concretos da realização de fraudes em pagamentos a título de Auxílio a Pesquisadores, Bolsas de Estudo no País e Bolsas de Estudos no Exterior a diversas pessoas desprovidas de regular vínculo de professor, servidor ou aluno da Universidade Federal do Paraná.

Dois funcionários públicos federais estariam envolvidos nas fraudes e tiveram suas prisões cautelares decretadas.

Os investigados alvos de condução coercitiva estão sendo levados às sedes da Polícia Federal nas respectivas cidades onde foram localizados a fim de prestarem os esclarecimentos necessários.

Os presos encontrados no Paraná, Mato Grosso do Sul e Rio de Janeiro serão levados a Superintendência da Polícia Federal em Curitiba.

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