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PF investiga caso dos reféns de índios em Belo Monte

Os policiais já ouviram os reféns – dois engenheiros da empresa e um técnico terceirizado – e, na manhã de hoje (31), os líderes indígenas foram interrogados

Indígenas também protestam em Belo Monte: em nota, a Norte Energia disse que, durante esses depoimentos, “ficou caracterizado o crime de sequestro”, praticado pelos índios (Ivan Canabrava/AFP)

Indígenas também protestam em Belo Monte: em nota, a Norte Energia disse que, durante esses depoimentos, “ficou caracterizado o crime de sequestro”, praticado pelos índios (Ivan Canabrava/AFP)

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Da Redação

Publicado em 31 de julho de 2012 às 19h49.

Brasília – A Polícia Federal (PF) instaurou um inquérito para apurar o caso dos funcionários da empresa Norte Energia que foram mantidos reféns durante cinco dias por índios das etnias Juruna e Arara na Aldeia Maratu, no Pará. O pedido foi feito pela Norte Energia, responsável pela construção e operação da Usina Hidrelétrica de Belo Monte.

De acordo com informações repassadas pela PF à Agência Brasil, o inquérito foi instaurado pela delegacia de Altamira “tendo como base comunicação formal da Norte Energia que reclamou do fato de seus funcionários terem sido mantidos em cárcere pelos índios”. Os policiais já ouviram os reféns – dois engenheiros da empresa e um técnico terceirizado – e, na manhã de hoje (31), os líderes indígenas foram interrogados.

Em nota, a Norte Energia disse que, durante esses depoimentos, “ficou caracterizado o crime de sequestro”, praticado pelos índios, mas que não cabe a empresa recorrer à Justiça. Os funcionários da empresa e o técnico terceirizado foram detidos pelos índios na manhã do dia 24 quando iam apresentar o plano da empresa para a transposição do Rio Xingu.

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