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PF inicia segunda fase de investigação sobre fraude na Caixa

A operação da PF recebeu o nome de Éskhara e conta com o apoio do Ministério Público Federal

4 - Caixa (Divulgação/Caixa)

4 - Caixa (Divulgação/Caixa)

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Da Redação

Publicado em 20 de janeiro de 2014 às 18h35.

Última atualização em 11 de outubro de 2016 às 11h42.

Brasília – A Polícia Federal (PF) vai iniciar a segunda fase de investigações para identificar outros participantes do esquema de desvio de R$ 73 milhões da Caixa Econômica Federal. A operação da PF recebeu o nome de Éskhara e conta com o apoio do Ministério Público Federal.

Segundo o delegado federal Omar Pepow, a PF identificou inicialmente as contas bancárias que mais receberam dinheiro do desvio e agora vai analisar cerca de 200 contas bancárias. Do total de R$ 73 milhões, cerca de 70% já foram recuperados. De acordo com Pepow, estão sendo investigados os desvio de R$ 4,5 milhões enviados para contas no Ceará e R$ 750 mil enviados para contas na Bahia.

A fraude – a maior já sofrida pela Caixa, ocorreu no final de 2013 e foi denunciada pela própria instituição financeira à Polícia Federal. De acordo com a PF, a quadrilha usou documentos falsos para abrir uma conta-corrente em uma agência da Caixa de Tocantinópolis (TO). Pouco tempo depois, cerca de R$ 73 milhões foram depositados nessa conta. Desviado do banco estatal, o dinheiro foi depositado como sendo pagamento de um prêmio da mega sena que nunca existiu. Por fim, o montante foi transferido para várias contas.

Durante as investigações, os agentes prenderam o ex-gerente-geral da agência da Caixa em Tocantinópolis, Robson Pereira do Nascimento. De acordo com Pepow, Nascimento tinha senha para acessar o sistema do banco, que libera recursos de prêmios de loterias. Entretanto, era preciso enviar informações sobre o bilhete premiado e esperar a autorização do banco para liberar o dinheiro. Segundo o delegado, o ex-gerente liberou o dinheiro sem autorização e sem enviar as informações do bilhete.

No último sábado (18), a PF prendeu o suplente de deputado federal Ernesto Vieira Carvalho Neto. Filiado ao PMDB, ele é suspeito de fazer parte do esquema de desvio de dinheiro. De acordo com o delegado, ainda há quatro foragidos.

Segundo o delegado federal, há gravações de conversas telefônicas, obtidas com autorização judicial, em que o ex-gerente, pouco antes de ser preso, pede ajuda a Neto para se defender, demonstrando já ter conhecimento de que a PF investigava o assunto e identificara alguns dos envolvidos no esquema.

A Caixa informou que não vai comentar o caso durante as investigações e que acionou a Polícia Federal logo que constatou a fraude. “O banco continua acompanhando o caso e está à disposição da PF para colaborar com as investigações”, disse a Caixa, em nota.

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