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Marcelo Odebrecht e mais 7 são indiciados pela PF

A Polícia Federal protocolou indiciamento do executivo e mais 7 por suspeita de envolvimento em corrupção nas obras da refinaria Abreu e Lima e do Comperj

Empresário Marcelo Odebrecht é escoltado por policiais em Curitiba (Rodolfo Burher/Reuters)

Empresário Marcelo Odebrecht é escoltado por policiais em Curitiba (Rodolfo Burher/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 20 de julho de 2015 às 17h44.

São Paulo - A Polícia Federal indiciou nesta segunda-feira Marcelo Odebrecht, da família controladora da Odebrecht, e outras sete pessoas por suspeita de envolvimento em corrupção em obras da Petrobras, mostraram documentos protocolados pela PF junto à Justiça.

Entre as obras que tiveram irregularidades, segundo a PF, estão as da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, e do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj).

Odebrecht está preso na sede da Polícia Federal em Curitiba, suspeito de envolvimento no esquema bilionário de corrupção investigado pela operação Lava Jato.

Também foram indiciados os executivo ligados à Odebrecht Rogério Santos de Araújo, Alexandrino Alencar, Márcio Farias da Silva e César Ramos Rocha, além de João Bernardi Filho, ex-funcionário da empreiteira.

Foram indiciados, ainda, o ex-funcionário da Petrobras Celso Araripe e o empresário Eduardo de Oliveira Freitas Filho.

Procurada, a Odebrecht não se posicionou imediatamente sobre o indiciamento de Marcelo Odebrecht, que ocupava a presidência da companhia.

Entre as irregularidades que teriam sido cometidas pelos executivos da Odebrecht, a Polícia Federal cita em relatório enviado à Justiça o suposto pagamento de propina ao ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco e a participação da empreiteira em cartel para obter contratos de obras da petroleira.

O relatório da PF afirma ainda haver indícios de que Marcelo Odebrecht tinha conhecimento das supostas irregularidades cometidas pelos executivos da companhia e de que teria tentado atrapalhar as investigações da Lava Jato.

No documento, a PF pede ainda a manutenção da prisão preventiva de Marcelo Odebrecht e dos demais executivos que têm ligação com a empreiteira "face a necessária garantia da ordem pública e por conveniência da instrução criminal tanto em face a potencial continuidade delitiva como pela influência negativa que soltos poderiam promover quanto as apurações ainda em curso".

A Lava Jato investiga um bilionário esquema de corrupção na Petrobras no qual empreiteiras formaram um cartel para obter contratos de obras da estatal com sobrepreço e, em troca, pagavam propina a funcionários da petroleira, a operadores que lavavam o dinheiro do esquema, a políticos e a partidos.

Texto atualizado às 17h44

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