Brasil

PF indicia carregador de malas de dinheiro de Renato Duque

A polícia identificou notas fiscais e contratos entre uma suposta empresa criada para prestar consultoria, a Riomarine, e sete empreiteiras da Lava Jato


	Sem qualquer funcionário no período em que emitiu a maior parte das notas (2009 e 2010), as suspeitas dos investigadores são de que a Riomarine fosse uma fachada usada para "esquentar" o dinheiro da propina
 (Divulgação / Polícia Federal)

Sem qualquer funcionário no período em que emitiu a maior parte das notas (2009 e 2010), as suspeitas dos investigadores são de que a Riomarine fosse uma fachada usada para "esquentar" o dinheiro da propina (Divulgação / Polícia Federal)

DR

Da Redação

Publicado em 12 de março de 2015 às 14h58.

Curitiba - A Polícia Federal indiciou Mário Frederico de Mendonça Góes, acusado de ser um dos 11 operadores de propina na Diretoria de Serviços da Petrobras e carregador de malas de dinheiro para o ex-diretor Renato Duque, por corrupção ativa, evasão de divisas e lavagem de dinheiro.

Mário Góes - como é conhecido - foi um dos principais alvos da nona fase da Lava Jato (Operação My Way). Ele está preso desde o dia 8 de fevereiro na Custódia da Superintendência da PF, em Curitiba. Ele nega irregularidades.

Nas buscas realizadas pela PF no dia 5 de fevereiro foram identificadas notas fiscais e contratos entre uma empresa criada para prestar consultoria, a Riomarine, e sete empreiteiras do cartel alvo da Lava Jato (Andrade Gutierrez, Mendes Júnior, MPE, OAS, Odebrecht, Setal e UTC).

Pelo menos R$ 39,7 milhões foram pagos para a Riomarine, entre 2008 e 2014, por supostos serviços de consultoria. "Foram apreendidos apenas, e em grande número, documentos que simplesmente atestam intenso fluxo financeiro entre os 'clientes' e a Riomarine, entre ela e seus sócios e outras pessoas jurídicas, a exemplo de cheques, notas fiscais, transferências bancárias, etc."

Sem qualquer funcionário no período em que emitiu a maior parte das notas (2009 e 2010) nem "relatórios de consultoria ou assessoria que denotassem o efetivo cumprimento" dos contratos milionários, as suspeitas dos investigadores da Lava Jato são que a Riomarine fosse uma fachada usada para "esquentar" o dinheiro da propina.

Único a ter prisão preventiva decretada na ocasião, há fortes indícios de que ele continuou atuando até novembro de 2014, mesmo após deflagrada a operação. A investigação revela que ele levava mochila com até R$ 400 mil em dinheiro vivo na Petrobras.

Acompanhe tudo sobre:ConsultoriasEmpresasOperação Lava JatoPolícia FederalPrisõesServiços

Mais de Brasil

Governo Lula condena ataques dos EUA a instalações nucleares do Irã

Brasileira desaparecida em vulcão foi deixada para trás por guia, diz imprensa da Indonésia

Rio Grande do Sul tem 126 municípios afetados pelas chuvas, mas número de pessoas desalojadas cai

Maioria da população apoia a reeleição de presidentes, governadores e prefeitos, diz pesquisa