São Paulo / Rio de Janeiro — A operação Mácula, da Polícia Federal, identificou um navio de bandeira grega como responsável pelo derrame de petróleo da Venezuela no oceano Atlântico, que posteriormente atingiu praias do litoral nordestino, afirmou a PF em nota nesta sexta-feira.
Segundo a polícia, o navio atracou na Venezuela em 15 de julho, permaneceu por três dias e seguiu rumo a Cingapura, vindo a aportar apenas na África do Sul.
"O derramamento investigado teria ocorrido nesse deslocamento", afirmou a PF.
Segundo a PF, informações preliminares indicam que o navio grego está vinculado a empresa de mesma nacionalidade, "porém ainda não há dados sobre a propriedade do petróleo transportado", o que impõe a continuidade das investigações.
A investigação criminal visa impor aos responsáveis, inclusive pessoas jurídicas, as penas do crime de poluição previsto no artigo 54 da lei ambiental, bem como o crime do artigo 68 da mesma lei, decorrente do fato de não ter havido comunicação às autoridades acerca do incidente.
A PF afirmou ainda que nesta sexta-feira cumpre dois mandados de busca e apreensão na cidade do Rio de Janeiro em sedes de representantes e contatos da empresa grega no Brasil.
A PF não divulgou o nome da empresa.
O governo brasileiro e a Petrobras já haviam divulgado informações de que o petróleo que sujou as praias do Nordeste, desde o início de setembro, era venezuelano. Nesta semana, o vice-presidente da República, Hamilton Mourão, apontou um navio como responsável, sem dar detalhe.
Óleo continua se espalhando e atinge novas praias
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1. Exército retira óleo na praia de Itapuma, em Cabo de Santo Agostinho
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1/10 Exército retira óleo na praia de Itapuma, em Cabo de Santo Agostinho (Diego Nigro/Reuters)
Exército retira óleo na praia de Itapuma, em Cabo de Santo Agostinho
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2. Mancha de óleo na praia de Peroba, em Maragogi
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2/10 Mancha de óleo na praia de Peroba, em Maragogi (Diego Nigro/Reuters)
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3. Caranguejo coberto de óleo na praia de Suape, em Cabo de Santo Agostinho
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3/10 Caranguejo coberto de óleo na praia de Suape, em Cabo de Santo Agostinho (Diego Nigro/Reuters)
Caranguejo coberto de óleo na praia de Suape, em Cabo de Santo Agostinho
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4/10 Pernambuco: ninguém sabe quanto petróleo ainda chegará às praias nordestinas (Diego Nigro/Reuters)
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5. Óleo atinge a praia de Itapuama em Cabo de Santo Agostinho
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5/10 Óleo atinge a praia de Itapuama em Cabo de Santo Agostinho (Diego Nigro/Reuters)
Óleo atinge a praia de Itapuama em Cabo de Santo Agostinho
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6. Óleo na Praia de Itapuama, Pernambuco
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6/10 Óleo na Praia de Itapuama, Pernambuco (Diego Nigro/Reuters)
Óleo na Praia de Itapuama, Pernambuco
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7. Pessoas removem óleo da praia de Suape, em Cabo de Santo Agostinho
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7/10 Pessoas removem óleo da praia de Suape, em Cabo de Santo Agostinho (Diego Nigro/Reuters)
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8. Mancha de óleo atinge praia de Carneiros, cartão-postal de Pernambuco
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8/10 Mancha de óleo atinge praia de Carneiros, cartão-postal de Pernambuco (Teresa Maia/Reuters)
Mancha de óleo atinge praia de Carneiros, cartão-postal de Pernambuco
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9. Pessoas removem óleo da praia de Suape, em Cabo de Santo Agostinho
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9/10 Pessoas removem óleo da praia de Suape, em Cabo de Santo Agostinho (Diego Nigro/Reuters)
Pessoas removem óleo da praia de Suape, em Cabo de Santo Agostinho
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10. Petróleo: praias do Nordeste brasileiro estão tomadas por toneladas de óleo de origem ainda incerta
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10/10 Petróleo: praias do Nordeste brasileiro estão tomadas por toneladas de óleo de origem ainda incerta (Lucas Landau/Reuters)
Petróleo: praias do Nordeste brasileiro estão tomadas por toneladas de óleo de origem ainda incerta