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PF faz operação no sul do Amazonas contra garimpo ilegal

Foi determinado o bloqueio de bens e valores de investigados, inclusive empresas, e o sequestro de bens móveis e imóveis em posse dos alvos.

Garimpo ilegal em área desmatada perto de Castelo dos Sonhos, no Pará 22/06/2013 (Nacho Doce/Reuters)

Garimpo ilegal em área desmatada perto de Castelo dos Sonhos, no Pará 22/06/2013 (Nacho Doce/Reuters)

Estadão Conteúdo
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Agência de notícias

Publicado em 19 de abril de 2023 às 16h47.

A Polícia Federal abriu na manhã desta quarta-feira, 19, a Operação 'Déjà Vu' para destruir um garimpo ilegal na região de Filão dos Abacaxis, no município de Maués, sul do Amazonas. O garimpo usava cianeto, altamente tóxico, e foi responsável por dano ambiental avaliado em R$ 429,6 milhões, indica a corporação. A diligência foi realizada com auxílio do Instituto Chico Mendes (ICMBio) e de policiais da Força Nacional.

Agentes cumprem ainda seis ordens de prisão temporária e dez de busca e apreensão. As ordens foram expedidas pela 7ª Vara Federal Criminal do Amazonas nas cidades de Manaus, Nova Olinda (AM), Goiânia (GO), Itaituba (PA) e Campo Grande (MS).

Também foi determinado o bloqueio de bens e valores de investigados, inclusive empresas, e o sequestro de bens móveis e imóveis em posse dos alvos.

Penas de crimes ligados ao garimpo ilegal

A ofensiva apura crimes de: usurpação de bem público da União, crime ambiental de extração de bem mineral sem autorização do órgão responsável, crime ambiental de utilização de substância perigosa ou nociva à saúde ou meio ambiente (mercúrio/cianeto); associação criminosa armada; lavagem de capitais; submeter alguém a trabalho escravo, ou a condição análoga.

O nome da ofensiva, destaca a PF, faz referência à 'reiteração da conduta no mesmo local e pelos mesmos alvos que foram presos na Operação Filão dos Abacaxis, em 2015'.

Segundo a Polícia Federal, as apurações que culminaram na 'Déjà Vu' tiveram início após denúncias de moradores sobre poluição das águas e morte de peixes e animais que servem de alimento para a comunidade local.

Os investigadores identificaram um 'sofisticado esquema' de lavagem de dinheiro, com o uso de Permissões de Lavra Garimpeira (PLGs) 'sem nenhuma ou com pouca intervenção humana' - o 'esquentamento do ouro'.

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