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PF faz operação de combate a fraude em hospitais de MS

Organização criminosa envolvida no caso é suspeita de inflar os preços dos produtos obtidos por meio de licitações

Polícia Federal: cerca de 100 policiais federais cumprem 20 mandados de busca e apreensão em Campo Grande e Dourados (Vagner Rosário/VEJA)

Polícia Federal: cerca de 100 policiais federais cumprem 20 mandados de busca e apreensão em Campo Grande e Dourados (Vagner Rosário/VEJA)

AB

Agência Brasil

Publicado em 25 de janeiro de 2018 às 15h12.

A Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã desta quinta-feira (25), a Operação Again, para combater fraudes e desvios relacionados aos hospitais Universitário Maria Aparecida Pedrossian (Humap) e Regional de Mato Grosso do Sul, ambos na capital do estado, Campo Grande.

A organização criminosa envolvida no caso é suspeita de inflar os preços dos produtos obtidos por meio de licitações, além de desviar o material para clínicas particulares.

No esquema, insumos foram aceitos pela administração dos hospitais mesmo com o prazo de validade vencido e qualidade inferior à prometida nos contratos.

Calcula-se que o prejuízo chegue a R$ 3,2 milhões, de um total de R$ 6 milhões dos contratos analisados, que seriam, em sua maioria, referentes a serviços de hemodinâmica, procedimento que permite diagnosticar e tratar doenças cardíacas por meio de cateterismo.

A organização criminosa, que inclui funcionários públicos, também é acusada de tentar dificultar as fiscalizações do Ministério da Transparência e Controladoria-Geral da União (CGU), que participa da ação com 16 auditores.

De acordo com o ministério, os servidores, ao colaborar com as irregularidades, eram presenteados com viagens e carros de luxo.

Na ação, cerca de 100 policiais federais cumprem 20 mandados de busca e apreensão em Campo Grande e Dourados, em Mato Grosso do Sul, e na capital paraense, Belém.

Dois investigados tiveram decretada medida cautelar para uso de tornozeleira eletrônica.

A operação recebeu o nome de Again pela semelhança com o esquema desarticulado pela Operação Sangue Frio, em março de 2013.

 

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