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PF faz operação contra fraudes na Previdência em Manaus

Grupo atuava em presídio, recrutando detentos e mães para participar de fraudes para obtenção do benefício de auxílio-reclusão

PF: um dos investigados já foi condenado por diversos crimes de estelionato previdenciário (Getty Images/Getty Images)

PF: um dos investigados já foi condenado por diversos crimes de estelionato previdenciário (Getty Images/Getty Images)

AB

Agência Brasil

Publicado em 20 de dezembro de 2016 às 15h17.

A operação Pater Criminis foi deflagrada hoje (20) pela Polícia Federal do Amazonas. É para desarticular uma organização criminosa que praticava fraudes contra a Previdência Social.

Foram cumpridos três mandados de prisão, três de busca e apreensão e três mandados de condução coercitiva em Manaus e em Goiânia.

As investigações mostraram que o grupo atuava no Presídio de Puraquequara, na capital amazonense, recrutando detentos e mães com filhos menores de idade sem pai registrado para participar de fraudes para obtenção do benefício de auxílio-reclusão.

Segundo a Polícia Federal, os agenciadores realizavam os trâmites de reconhecimento voluntário de paternidade em nome dos detentos, efetivando a averbação na certidão de nascimento da criança. Com isso, a organização solicitava o benefício de auxílio-reclusão com base no dependente.

Fraudes envolviam R$ 200 mil

O objetivo era receber o período atrasado ou retroativo que, em alguns casos, chegava a quase R$ 200 mil, valor que seria dividido entre o instituidor do benefício e os agenciadores.

De acordo com a Polícia Federal, há a suspeita de que a organização criminosa falsificava as certidões de nascimento, modificando a idade da criança, para permanecer durante um maior período recebendo o benefício.

O grupo também é acusado de inserir informações inexistentes na carteira de trabalho dos detentos, como forma de provar sua qualidade de segurado à época da prisão.

A Polícia Federal informou ainda que o acusado de ser o líder do esquema já foi preso pelo crime de roubo. Um dos investigados também já foi condenado por diversos crimes de estelionato previdenciário. Os nomes não foram revelados.

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