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PF faz novas buscas em investigação sobre propina da J&F a Aécio

Primeira fase da operação Ross foi deflagrada em 11 de dezembro para investigar o senador e mais cinco parlamentares

Aécio: PF deflagrou nesta quinta-feira nova fase da operação que investiga o senador por suspeita de recebimento de propina da holding J&F (Marcelo Camargo/Agência Brasil/Agência Brasil)

Aécio: PF deflagrou nesta quinta-feira nova fase da operação que investiga o senador por suspeita de recebimento de propina da holding J&F (Marcelo Camargo/Agência Brasil/Agência Brasil)

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Reuters

Publicado em 20 de dezembro de 2018 às 08h32.

Última atualização em 20 de dezembro de 2018 às 08h32.

A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira nova fase da operação que investiga o senador Aécio Neves (PSDB-MG) por suspeita de recebimento de propina da holding J&F para cumprir mandados de busca e apreensão em endereços de Belo Horizonte ligados ao parlamentar.

De acordo com a PF, a segunda fase da operação Ross cumprirá três mandados de busca e apreensão expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a pedido da Polícia Federal para ampliar as investigações sobre "recebimento de vantagens indevidas por parte de um senador da República, solicitadas a um grande grupo empresarial do ramo frigorífico, entre os anos de 2014 e 2017".

A Polícia Federal não identifica os alvos das operações por nome em cumprimento a uma regra interna.

A primeira fase da operação Ross foi deflagrada em 11 de dezembro para investigar Aécio e mais cinco parlamentares por recebimento de propina de 130 milhões de reais da J&F, controladora da processadora de carne JBS.

De acordo com a Procuradoria-Geral da República, o grupo empresarial teria repassado cerca de 130 milhões de reais que foram distribuídos a parlamentares de pelo menos três legendas.

A defesa de Aécio disse, quando da primeira fase da operação, que o senador sempre esteve à disposição para prestar esclarecimentos e apresentar documentos necessários às investigações, e que executivos da JBS tentam transformar "doações feitas a campanhas do PSDB, e devidamente registradas na Justiça Eleitoral, em algo ilícito para, convenientemente, tentar manter os generosos benefícios de seus acordos de colaboração".

Não foi possível fazer contato com a defesa do senador nesta quinta-feira.

A J&F disse que não vai comentar a nova fase da operação, mantendo a postura adotada nas maioria das ações deflagradas pelas autoridades com base nas delações de seus executivos.

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