Brasil

PF faz buscas por carros de luxo em investigação que apura fraudes no INSS

Um dos alvos é o empresário Antonio Carlos Camilo Antunes, conhecido como 'careca do INSS'

Antonio Carlos Camilo Antunes: empresário é conhecido como "Careca do INSS" (LinkedIn/Reprodução)

Antonio Carlos Camilo Antunes: empresário é conhecido como "Careca do INSS" (LinkedIn/Reprodução)

Mateus Omena
Mateus Omena

Repórter

Publicado em 20 de maio de 2025 às 14h41.

Tudo sobreINSS
Saiba mais

A Polícia Federal cumpriu nesta terça-feira, 20, um mandado de busca e apreensão relacionado a veículos de luxo que supostamente pertencem ao empresário Antonio Carlos Camilo Antunes, conhecido como o "careca do INSS", segundo o jornal O Globo.

A PF afirma que Antunes seria o principal envolvido em um esquema de descontos indevidos em aposentadorias e pensões do INSS.

Em nota, divulgada pelo jornal, a defesa de Antunes ressaltou que a operação faz parte do procedimento padrão em investigações criminais.

A Justiça Federal de São Paulo autorizou o mandado, para localizar e apreender bens ligados a um operador financeiro suspeito de adquirir veículos de alto valor com recursos supostamente desviados dos aposentados, informou a Polícia Federal em comunicado oficial.

As apurações indicam que Antunes possui uma frota de oito carros de luxo e também detém imóveis em São Paulo e Brasília, incluindo uma residência no Lago Sul, região nobre da capital federal, adquirida à vista por cerca de R$ 3,3 milhões, conforme registros da PF.

"O mandado judicial foi autorizado pela 4ª Vara Federal Criminal de São Paulo e cumprido em Brasília/DF. Na ação, foram apreendidos cinco veículos de alto valor: um BMW Competition, um Land Rover, um BMW M135i, um Porsche 911 e um Porsche Panamera. O valor total dos veículos soma R$ 3.288.042,00. O objetivo desta fase é a localização e apreensão de bens de propriedade de um operador financeiro ligado a uma das entidades investigadas, suspeito de ter adquirido veículos de alto valor com recursos oriundos da fraude aos aposentados", diz a nota da Polícia Federal.

Como era o envolvimento de Antunes?

De acordo com informações do O Globo, a PF revelou que, em um período de quatro meses, Antunes movimentou aproximadamente R$ 12,2 milhões em contas bancárias. As empresas dele atuavam como intermediárias financeiras para entidades associativas, explicam os documentos obtidos na investigação. No entanto, a defesa nega a veracidade das acusações.

Segundo a polícia, o empresário fazia transferências no mesmo dia do recebimento, mantendo um saldo reduzido nas contas, o que sugere uma tentativa de dificultar o rastreamento dos recursos.

A PF destaca que Antunes é “sócio de diversas empresas” que recebiam fundos de várias associações, disponibilizando-os a servidores do INSS. No total, ele teria movimentado diretamente R$ 53,5 milhões oriundos de entidades sindicais e empresas vinculadas às associações.

A investigação mapeou 22 empresas em nome de Antunes, que operam nos setores de consultoria, call center, incorporação imobiliária, comércio varejista e atacadista, além de locação de veículos. Parte dessas companhias estaria envolvida nas operações financeiras com as entidades que recebiam os valores descontados das aposentadorias.

Acompanhe tudo sobre:INSSCrimeCorrupçãoPolícia Federal

Mais de Brasil

Ministério da Gestão convoca reunião para discutir publicidade de convênios do governo federal

'Não vamos tolerar excessos', diz Tarcísio, após casos de violência da PM

Câmara instala comissão para analisar projeto que regulamenta Inteligência Artificial no Brasil

Cleitinho diz que errou ao pedir mensagem da influenciadora Virgínia para a filha