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PF faz buscas em apartamento de deputado do PSL em inquérito do STF

Operação cumpre 21 mandados no inquérito do STF que apura atos antidemocráticos; operador e marqueteiro do Aliança pelo Brasil também são alvos

Daniel-Silveira-(PSL-RJ) (Reila Maria/Agência Câmara)

Daniel-Silveira-(PSL-RJ) (Reila Maria/Agência Câmara)

CC

Clara Cerioni

Publicado em 16 de junho de 2020 às 08h21.

Última atualização em 16 de junho de 2020 às 11h50.

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta terça-feira, 16, mais uma operação no inquérito que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF) para apurar a organização e o financiamento de atos antidemocráticos.

A PF cumpre 21 mandados de busca e apreensão em seis estados, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Maranhão, Santa Catarina e no DF. O deputado do PSL Daniel Silveira é um dos alvos, segundo publicação em seu Twitter.

O blogueiro Allan Santos, do Terça Livre, também foi alvo da operação, de acordo com publicação feita no site do blog, assim como o empresário e advogado Luís Felipe Belmonte, principal operador político do Aliança pelo Brasil, e o publicitário Sérgio Lima, marqueteiro do partido que o presidente Jair Bolsonaro tenta criar.

As novas diligências acontecem um dia depois da prisão preventiva da militante bolsonarista Sara Winter, também no âmbito do mesmo inquérito.

O processo, que está sob relatoria do ministro do STF Alexandre de Moraes, foi instaurado em 21 de abril deste ano, após pedido do Procurador-Geral Augusto Aras para que a corte investigasse a realização de atos antidemocráticos que aconteceram na época.

Os protestos reivindicaram, entre outras pautas, a reedição do AI-5, ato institucional que, em 1968, endureceu o regime militar no país e abriu espaço para o fechamento do Congresso. Os manifestantes pediram, ainda, o fechamento do STF e a prisão dos ministros.

Vários dos atos tiveram a participação do presidente Jair Bolsonaro, que chegou a discursar em uma das manifestações realizada em frente ao quartel-general do Exército em Brasília. Ele, no entanto, não é investigado.

(Com Reuters)

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