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PF e Gaeco fazem operação contra quadrilha que ostentava Ferrari, lanchas e camarotes

Grupo investigado cometeu pelo menos 50 crimes entre 2021 e 2024, segundo a PF e o MPSP; ações eram marcadas pela violência

Carro de luxo que pertence ao grupo criminoso alvo da Operação Hammare (MPSP)

Carro de luxo que pertence ao grupo criminoso alvo da Operação Hammare (MPSP)

Agência o Globo
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Publicado em 24 de março de 2025 às 13h36.

Última atualização em 24 de março de 2025 às 14h24.

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A Polícia Federal e o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco/SP) deflagraram, nesta segunda-feira, 24, a Operação Hammare, que visa combater uma organização criminosa acusada de cometer pelo menos 50 crimes entre 2021 e 2024. De acordo com as investigações, os líderes do grupo, voltado para roubos violentos de cargas e caminhões, desmanche, receptação e lavagem de dinheiro, possuem uma vida de alto padrão, com presença constante em áreas vips de shows e aquisições de motos aquáticas, lanchas, imóveis de alto padrão e carros de luxo como Ferrari e Lamborghini.

A operação acontece nos estados do Paraná, Rio Grande do Sul, Rondônia e São Paulo. Foram mobilizados 110 policiais federais e 100 policiais da Polícia Militar Rodoviária do estado de São Paulo para cumprir os 17 mandados de prisão temporária e 24 mandados de busca e apreensão expedidos pela 1ª Vara Judicial Criminal da Comarca de Cajamar (SP). Além dos mandados, também foi determinado o sequestro de bens e valores ligados ao grupo criminoso que somam um total de R$ 70 milhões.

A partir dos crimes, a organização atuou por meio de empresas de peças e manutenção de veículos para comercializar caminhões, peças e motores roubados. De acordo com o Ministério Público de São Paulo, a especialidade dos criminosos é roubar caminhões da marca sueca Volvo, com a utilização de martelos para quebrar os vidros das cabines enquanto os motoristas descansam. A peculiaridade inspirou o nome da operação, uma vez que Hammare é um termo sueco que significa martelo.

A investigação foi iniciada em 2023, após um roubo de carga e caminhão ocorrido na cidade de Cajamar (SP), em julho do mesmo ano. Desde então, foi possível identificar a existência de três núcleos especializados em roubo, desmanche e receptação. A Operação Aboiz, ainda em 2023, e a Operação Cacaria, em 2024, foram deflagradas já com o intuito de encerrar as atividades da organização, e levaram a prisão de criminosos ligados aos roubos e desmanches. Os materiais apreendidos nas duas operações foram utilizados para dar continuidade às investigações que culminaram na operação deflagrada nesta segunda-feira.

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