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PF desarticula quadrilha que lavou R$ 600 milhões

A Polícia Federal e a Receita desarticularam quadrilha que atuava em esquema multimilionário de lavagem de dinheiro e evasão de divisas


	Polícia Federal: segundo a PF, as empresas do grupo movimentaram mais de R$ 600 milhões de origem ilícita em cerca de 5 anos
 (Arquivo/Agência Brasil)

Polícia Federal: segundo a PF, as empresas do grupo movimentaram mais de R$ 600 milhões de origem ilícita em cerca de 5 anos (Arquivo/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 5 de março de 2015 às 16h34.

São Paulo - A Polícia Federal e a Receita desarticularam nesta quinta-feira, 5, uma quadrilha que atuava em esquema multimilionário de lavagem de dinheiro e evasão de divisas.

Segundo a PF, as empresas do grupo movimentaram mais de R$ 600 milhões de origem ilícita em cerca de 5 anos.

O grupo teria usado contas bancárias de 87 empresas, em sua maioria fantasmas, para receber grandes quantias de dinheiro de pessoas físicas e jurídicas, interessadas em adquirir mercadorias, drogas e cigarros provenientes do Paraguai e de diversos Estados brasileiros, afirma a Polícia.

A quadrilha era responsável por conferir aparência lícita a dinheiro adquirido de maneira ilegal e remeter esse dinheiro "sujo" ao Paraguai.

Para atender às exigências de "doleiros" paraguaios, a organização criminosa também era responsável por transferir parte dos ativos ilícitos para contas bancárias brasileiras controladas por tais "doleiros".

Foram cumpridos sete mandados de prisão preventiva, 34 mandados de prisão temporária, 25 mandados de condução coercitiva e 68 mandados de busca e apreensão nos municípios de Foz do Iguaçu, Santa Terezinha de Itaipu, Matelândia, Cascavel, Toledo e Altônia, no Paraná, Joinville, em Santa Catarina, Soledade no Rio Grande do Sul, e Ribeirão Preto e Monte Aprazível, em São Paulo.

Na ação, participaram 230 policiais federais e 30 servidores da Receita Federal.

A operação foi batizada de "Bemol" por ter o mesmo propósito da Operação Sustenido, deflagrada há menos de um ano pela Polícia Federal e pela Receita Federal em Foz do Iguaçu.

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