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PF desarticula quadrilha que fraudou o SUS em R$ 7,5 milhões

Policiais federais cumpriram 11 mandados de busca e apreensão e um de prisão preventiva contra um vereador de São Gonçalo, no Rio


	Prefeitura de São Gonçalo explicou que não tem informações concretas sobre o caso ou sobre o envolvimento de servidores públicos
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Prefeitura de São Gonçalo explicou que não tem informações concretas sobre o caso ou sobre o envolvimento de servidores públicos (.)

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Da Redação

Publicado em 16 de julho de 2015 às 21h07.

Rio de Janeiro - A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã de hoje (16) uma operação para desarticular uma organização criminosa que fraudou o Sistema Único de Saúde (SUS) em R$ 7,5 milhões no município de São Gonçalo, região metropolitana do Rio.

Na ação, os policiais federais cumpriram 11 mandados de busca e apreensão e um de prisão preventiva contra um vereador da cidade, que também é policial civil.

A ação foi batizada de Panacea, deusa grega da cura, em alusão à operação de combate à doença da corrupção e ao desvio de verbas públicas.

A investigação indicou que donos de três clínicas de São Gonçalo lesavam o patrimônio público, falsificando comprovantes de atendimento pelo sistema público de saúde (SUS) em procedimentos de baixa complexidade.

Para garantir o êxito, os empresários contavam com a proteção de um político local, que conseguia evitar a fiscalização das empresas pelos órgãos municipais, em troca de propina, cujo valor chegou a quase R$ 2 milhões.

De acordo com o delegado Pedro Gama Silva, da delegacia da Polícia Federal em Niterói, o esquema contava com apoio político do vereador.

“Ele usava o poder político para pressionar a Secretaria Municipal de Saúde a não fiscalizar. Como policial, ele tinha acesso às investigações da Polícia Civil.”

Segundo o delegado, os empresários serão indiciados pelos crimes de estelionato, corrupção ativa e associação criminosa. O vereador será indiciado por estelionato, corrupção passiva e associação criminosa.

Em nota, a prefeitura de São Gonçalo explicou que não tem informações concretas sobre o caso ou sobre o envolvimento de servidores públicos. Acrescentou que está apurando e, tão logo tenha detalhes, tomará as medidas cabíveis.

A Polícia Civil informou que, de acordo com a corregedoria da instituição, um procedimento será instaurado para apurar a conduta do policial.

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