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PF cumpre mandados de prisão no RJ contra suspeitos de financiar atos golpistas

Operação tem como alvos lideranças de Campos dos Goytacazes suspeitos de organizar e bancar os ataques aos Três Poderes, em 8 de janeiro, em Brasília

PF: a investigação visava identificar as lideranças locais que bloquearam as rodovias que passam pelo município (foto/Getty Images)

PF: a investigação visava identificar as lideranças locais que bloquearam as rodovias que passam pelo município (foto/Getty Images)

AO

Agência O Globo

Publicado em 16 de janeiro de 2023 às 10h42.

Última atualização em 16 de janeiro de 2023 às 10h45.

A Polícia Federal (PF) cumpre nesta segunda-feira três mandados de prisão temporária contra suspeitos de organizar e financiar "os atos que desencadearam a depredação dos prédios públicos e dos atentados contra as instituições democráticas" ocorridas em 8 de janeiro, em Brasília. Os alvos da operação são da cidade de Campos dos Goytacazes. Também são cumpridos cinco mandados de busca e apreensão.

De acordo com a PF, a investigação visava identificar as lideranças locais que bloquearam as rodovias que passam pelo município. Tratam-se das mesmas pessoas que organizaram manifestações em frente aos quartéis do Exército situados na cidade.

"Durante a investigação, foi possível colher elementos de prova capazes de vincular os investigados na organização e liderança dos eventos", diz a PF, em nota.

Os mandados da Operação Ulysses foram expedidos pela 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro. Com o cumprimento das ordens judiciais, a PF espera "identificar eventuais outros partícipes/coautores na empreitada criminosa".

Os suspeitos são investigados pelos crimes associação criminosa e incitação das Forças Armadas contra os poderes institucionais.

Ataques em Brasília

A invasão de manifestantes golpistas às sedes do Congresso Nacional, do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Palácio do Planalto em 8 de janeiro deixou um rastro de destruição. Milhares de pessoas marcharam para a Praça dos Três Poderes e conseguiram entrar facilmente nos prédios públicos.

A ação foi planejada previamente e anunciada nas redes sociais, mas quase nada foi feito para evitá-la. Uma vez dentro dos palácios, os invasores contaram com a colaboração de agentes de segurança.

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