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PF cumpre mandados de prisão em operação de combate a queimadas

De acordo com a Polícia Federal, a operação envolveu o cumprimento de mandados judiciais em Rondônia

Viatura da Polícia Federal (Sergio Moraes/Reuters)

Viatura da Polícia Federal (Sergio Moraes/Reuters)

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Reuters

Publicado em 17 de setembro de 2019 às 15h21.

A Polícia Federal e o Exército realizaram nesta terça-feira operação em Rondônia para combater desmatamento, queimadas e invasão de áreas da União em um parque nacional e uma terra indígena, com quatro mandados de prisão preventiva, como parte de ação para enfrentar crimes ambientais após um aumento dos focos de incêndio na Amazônia que repercutiu pelo mundo.

De acordo com a Polícia Federal, a operação envolveu o cumprimento de mandados judiciais no Parque Nacional do Pacaás Novos e na Terra Indígena Uru-Eu-Wau-Wau, ambos em Rondônia, com o objetivo de verificar a existência de construções e loteamentos nas áreas protegidas, além de efetuar as prisões dos principais investigados.

A ação, que contou com o apoio de homens do Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio), cumpriu no total 20 mandados judiciais nos municípios de Porto Velho, Buritis, Campo Novo de Rondônia e Nova Mamoré, disse a PF.

A chamada operação Terra Protegida identificou uma organização criminosa composta por invasores, grileiros de terras, advogados e topógrafos especializados em invadir, desmatar e queimar a floresta nativa no interior do parque e na terra indígena, segundo comunicado da PF.

"Por meio de um discurso falso de regularização fundiária e a criação de associação de produtores rurais, os líderes do grupo recrutaram pessoas para invadir e demarcar lotes no interior das reservas. Em seguida, os investigados desmataram e queimaram grande parte da vegetação nativa na localidade onde seria instalada uma vila", disse a PF.

Os invasores também ameaçaram servidores públicos dos órgãos de fiscalização e das forças de segurança, segundo a polícia, bem como difundiram informações falsas por meios de comunicação local para respaldar as ações criminosas, acrescentou.

Tropas do Exército foram enviadas à Amazônia para ajudar no combate aos focos de incêndio na região por determinação do presidente Jair Bolsonaro, após forte repercussão internacional sobre o aumento do desmatamento e avanço das queimadas na região.

Também nesta terça-feita, a PF disse ter identificado cerca de 15 mil hectares de área desmatada em iminente processo de grilagem no município de Altamira, no Pará.

"Os policiais, através do uso de recursos tecnológicos, como geoprocessamento, imagens de satélite e outras ferramentas disponíveis, localizaram as áreas degradadas, o que possibilitou o deslocamento até a região e a chegada às localidades de difícil acesso", disse a PF em nota.

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