Brasil

PF cumpre mandados contra suspeitos de traficar tartarugas

Polícia Federal prendeu duas pessoas suspeitas de traficar tartarugas-da-amazônia e tracajás

Tracajás: polícia estima que o comércio ilegal movimente, em uma semana, R$ 1 milhão (Karlavidal/Wikimedia Commons)

Tracajás: polícia estima que o comércio ilegal movimente, em uma semana, R$ 1 milhão (Karlavidal/Wikimedia Commons)

DR

Da Redação

Publicado em 8 de agosto de 2014 às 13h22.

Brasília - A Polícia Federal prendeu hoje (8) duas pessoas suspeitas de fazer parte de um esquema de caça, transporte e comercialização ilícita de tartarugas-da-amazônia e tracajás nos estados de Roraima e Amazonas em meio à Operação Podocnemis.

Ainda estão sendo cumpridos 44 mandados de busca e apreensão, nove de prisão e 22 de condução coercitiva.

Os envolvidos também são suspeitos de prática de associação criminosa, lavagem de dinheiro e receptação de animais da fauna silvestre.

Os espécimes, de acordo com a Polícia Federal, eram capturados no Rio Branco, em Caracaraí, região central de Roraima, e vendidos nas referidas capitais.

O nome da operação é uma referência a um dos gêneros da ordem dos quelônios, à qual pertencem as tartarugas e os cágados.

A Polícia Federal estima que o comércio ilegal movimente, em uma semana, aproximadamente, R$ 1 milhão, com destaque para os lucros dos restaurantes e dos comerciantes que fazem entrega dos animais em domicílio, preparados para consumo, abatidos para preparação ou mesmo vivos.

Segundo a PF, as espécies podocnemis expansa (tartaruga-da-amazônia) e a podocnemis unifilis (tracajá), que estão ameaçadas de extinção, têm maior valor e retorno financeiro aos criminosos.

Elas têm grande procura nos mercados das capitais e expressivo valor comercial.

As investigações, iniciadas há dois anos, identificou indícios de participação de pescadores, transportadores, comerciantes e empresários nas práticas criminosas.

Também há indícios, de acordo com a PF, do envolvimento de servidores públicos.

De acordo com a Polícia Federal, restaurantes emitiam notas fiscais “frias” para encobrir a ilicitude.

Segundo a PF, os investigados estão sendo conduzidos para a delegacia e interrogados.

Os presos preventivamente serão encaminhados para presídios em Boa Vista e Manaus, onde ficarão à disposição da Justiça da comarca de Caracaraí.

Acompanhe tudo sobre:AnimaisCrimecrime-no-brasilPolícia Federal

Mais de Brasil

Chuvas fortes no Nordeste, ventos no Sul e calor em SP: veja a previsão do tempo para a semana

Moraes deve encaminhar esta semana o relatório sobre tentativa de golpe à PGR

Acidente com ônibus escolar deixa 17 mortos em Alagoas

Dino determina que Prefeitura de SP cobre serviço funerário com valores de antes da privatização