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PF confisca Lamborghini de Eike Batista

O bem do empresário foi apreendido na Operação Eficiência, que investiga crimes de lavagem de dinheiro de aproximadamente U$ 100 milhões

Lamborghini: modelo é igual ao que pertencia ao empresário e foi confiscado pela PF (Divulgação)

Lamborghini: modelo é igual ao que pertencia ao empresário e foi confiscado pela PF (Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 26 de janeiro de 2017 às 21h00.

Última atualização em 26 de janeiro de 2017 às 21h01.

A Polícia Federal apreendeu nesta quinta-feira, 26, a Lamborghini Aventator e o Porsche Cayenne do empresário Eike Batista em sua residência, no Rio, durante a Operação Eficiência, que apura um esquema de lavagem de ao menos US$ 100 milhões em propinas para o grupo do ex-governador Sérgio Cabral (PMDB) no exterior.

Ao todo, os investigadores da Eficiência apreenderam dezoito carros, além de obras de arte, relógios, joias e cerca de R$ 100 mil em dinheiro vivo.

A PF cumpriu sete mandados de prisão preventiva, dois de condução coercitiva e 22 de busca e apreensão expedidos pelo juiz federal Marcelo Bretas, do Rio.

Do total de nove mandados de prisão expedidos, três foram para investigados que já estão presos em Bangu: Sérgio Cabral, Carlos Miranda e Wilson Carlos.

Eike, que chegou a ser considerado um dos homens mais ricos do País, e o ex-subsecretário do Governo de Sérgio Cabral, Francisco Assis Neto, o 'Kiko', tiveram prisão preventiva decretada, mas não foram localizados pela PF e foram incluídos na lista de procurados da Interpol, a Polícia Internacional.

A PF suspeita que o empresário tenha deixado o País com passaporte alemão. O advogado de Eike disse que ele ficou 'surpreso' com a ordem de prisão e que estava negociando com as autoridades para o empresário se entregar no Brasil.

A Operação Eficiência investiga crimes de lavagem de dinheiro consistente na ocultação no exterior de aproximadamente U$ 100 milhões, organização criminosa e corrupção ativa e passiva por parte de empresários, políticos e pessoas a eles ligadas.

Desta quantia, cerca de R$ 270 milhões já foram repatriados em meio à investigação.

Não é a primeira vez que Eike tem sua Lamborghini e seu Porsche Cayenne brancos e outros bens apreendidos pela PF. Em fevereiro de 2015 o empresário teve seus bens retidos pela Justiça do Rio em uma ação para reparar os credores da OGX.

Em maio daquele ano, porém, o veículo e outros bens do empresário foram devolvidos a ele após o juiz do caso ser flagrado dirigindo o Porsche do empresário.

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