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PF combate fraudes em licitações no sertão de Pernambuco

A Operação Couraça investiga fraudes em licitações que movimentaram cerca de R$ 40 milhões

PF: as investigações começaram no ano passado a partir de uma denúncia (Arquivo/Agência Brasil)

PF: as investigações começaram no ano passado a partir de uma denúncia (Arquivo/Agência Brasil)

AB

Agência Brasil

Publicado em 11 de maio de 2017 às 11h34.

A Polícia Federal (PF) em Pernambuco e o Ministério da Transparência, Fiscalização e Controladoria Geral da União (CGU) desencadearam hoje (11) a operação Couraça, que investiga fraudes em licitações nos municípios de Itapetim e Brejinho, no sertão do estado, que movimentaram cerca de R$ 40 milhões.

São cumpridos 20 mandados de busca e apreensão expedidos pelo Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF5). Os alvos são prefeituras, escritórios e residências, localizados nos municípios de Itapetim, Brejinho, São José do Egito e Recife. Participam da operação 80 policiais e quatro auditores da CGU.

As investigações começaram no ano passado, a partir de uma denúncia feita por um vereador do município de Itapetim. A PF, então, descobriu que a fraude também atingia o município vizinho. De acordo com nota divulgada pelo Ministério da Transparência, uma organização criminosa utilizava empresas de fachada para fraudar licitações nas áreas de educação, saúde e infraestrutura urbana. Os estabelecimentos investigados não possuíam empregados registrados e não foram localizados nos endereços informados como sede.

O Ministério também informou que laranjas eram usados como sócios e que, em alguns casos, o pagamento era feito até mesmo quando a licitação ainda estava em curso. A estimativa é que o valor das contratações dos suspeitos efetuadas pelos municípios cheguem a R$ 40 milhões. De acordo com a PF, a organização atuava desde 2013.

O nome da operação é inspirado em trecho da Bíblia: "estai, pois, firmes, tendo cingidos os vossos lombos com a verdade, e vestida a couraça da Justiça", de Efésios 6:14. O trecho bíblico foi divulgado pela PF na nota distribuída à imprensa.

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