PF: a Operação Imprevidência contou com apoio de auditores da Previdência Social (Wikimedia Commons)
Agência Brasil
Publicado em 12 de dezembro de 2016 às 16h06.
Última atualização em 12 de dezembro de 2016 às 16h11.
A Polícia Federal (PF) desarticulou hoje (12) uma organização criminosa que praticava gestão fraudulenta e corrupção ativa e que atuava no Instituto de Previdência e Assistência dos Servidores do Município de Porto Velho-RO (Ipam). Além da capital, o grupo atuava em outros cinco municípios de Rondônia.
A Operação Imprevidência contou com apoio de auditores da Previdência Social. A Justiça Federal determinou o afastamento do presidente do Ipam e a proibição de cinco investigados de frequentarem o local.
Segundo a PF, a organização formada por empresários, corretores de investimentos, lobistas e servidores públicos tentou aplicar R$ 80 milhões do Ipam em fundos de investimentos "podres", considerados de alto risco e difícil recuperação, como contrapartida no repasse de recursos para a campanha de reeleição do atual prefeito de Porto Velho, Mauro Nazif.
Para isso, os investigados teriam pressionado e tentado corromper servidores públicos com o oferecimento de propina. A organização pretendia captar R$ 250 milhões junto aos institutos de previdência para as aplicações.
Setenta e três policiais federais cumpriram 30 mandados judiciais, sendo quatro de prisão temporária, 19 de busca e apreensão, além de sete de condução coercitiva.
Os mandados foram cumpridos nos estados de São Paulo e Rondônia. Os investigados responderão, na medida das responsabilidades, pelos crimes de organização criminosa, gestão fraudulenta e corrupção ativa.
A Agência Brasil entrou em contato com a Prefeitura de Porto Velho e aguarda retorno. Segundo a assessoria, o prefeito Mauro Nazif deve se pronunciar ainda hoje sobre o assunto.