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PF busca suspeitos de desvio de verba na Bahia

Polícia Federal deflagrou operação para desarticular uma organização criminosa investigada por fraudes em serviços públicos no sudoeste da Bahia


	Brasão da Polícia Federal: estimativa é que grupo tenha desviado cerca de R$ 60 milhões dos cofres públicos
 (Wikimedia Commons)

Brasão da Polícia Federal: estimativa é que grupo tenha desviado cerca de R$ 60 milhões dos cofres públicos (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 18 de fevereiro de 2014 às 11h14.

Brasília - A Polícia Federal (PF) deflagrou hoje (18) uma operação para desarticular uma organização criminosa investigada por fraudes em serviços públicos como transporte e saúde em dez cidades da região sudoeste da Bahia.

A estimativa é que o grupo tenha desviado cerca de R$ 60 milhões dos cofres públicos.

Entre os investigados estão ex-prefeitos, ex-vice-prefeitos, ex-secretários municipais e empresários cujas identidades ainda não foram reveladas.

Os policiais saíram às ruas de Vitória da Conquista, Belo Campo, Bom Jesus da Serra, Dário Meira, Encruzilhada, Paramirim, Poções, Planalto, Ribeirão do Largo e Tremedal nas primeiras horas da manhã para cumprir 13 mandados de prisão temporária e 36 mandados de busca e apreensão.

Um primeiro balanço das diligências vai ser feito pelo chefe da delegacia da PF em Vitória da Conquista, delegado Rodrigo Kolbe.

Em nota, a PF informou que a Operação Grafaloon é resultado da apuração de vários inquéritos policiais instaurados desde 2009, a partir de relatórios da Controladoria-Geral da União (CGU) sobre desvio e apropriação indevida de verbas públicas federais.

Em 2013, a PF e o Ministério Público Federal (MPF) constataram que vários inquéritos apontavam para o mesmo grupo criminoso.

O esquema funcionava da seguinte forma: um grupo de empresários se associava a prefeitos das dez cidades já citadas, além dos de Anagé e Caraíbas para, por meio da simulação de licitações e contratação de empresas de fachada, desviar verbas públicas federais das áreas da saúde, educação e transporte.

O nome da operação é uma alusão a uma lenda norueguesa a respeito de uma criatura dotada de tentáculos que destrói e mata aqueles que aparecem no caminho, acumulando sobre si uma camada de cadáveres que o protege.

De acordo com a PF, a quadrilha investigada operava da mesma forma, ampliando a cada ano a atuação e os valores desviados dos cofres públicos.

A PF já antecipou que os investigados serão indiciados pelos crimes de fraude em licitações, desvio de verba pública, formação de quadrilha. Se condenados, podem ser penalizados com até 46 anos de prisão.

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