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PF busca provas de fraude nos Correios do Rio

Segundo a investigação, o esquema era liderado por Daniel de Melo Nunes e Carlos Alberto Alonso, que negociavam privilégios para hospitais no Rio de Janeiro


	Correios: PF cumpriu mandados de busca e apreensão na casa do diretor regional dos Correios no Rio
 (Lia Lubambo/ Arquivo EXAME)

Correios: PF cumpriu mandados de busca e apreensão na casa do diretor regional dos Correios no Rio (Lia Lubambo/ Arquivo EXAME)

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Da Redação

Publicado em 19 de novembro de 2014 às 16h09.

Rio de Janeiro - A Polícia Federal (PF) cumpriu nesta quarta-feira mandados de busca e apreensão no Hospital Espanhol, no centro do Rio, e na casa de oito acusados de participar de um esquema de fraude na Gerência de Saúde dos Correios no Rio de Janeiro.

Segundo o Ministério Público Federal (MPF) e a PF, que investigam o caso desde 2013, o esquema operou de agosto de 2011 a abril de 2013 e causou prejuízo de mais de R$ 7 milhões à estatal.

A PF já havia cumprido na sexta-feira (14) mandados de busca e apreensão na casa do diretor regional dos Correios no Rio, Omar de Assis Moreira, que foi afastado do cargo, e no Hospital Balbino.

Segundo o delegado da PF Lorenzo Martins Pompílio da Hora, responsável pelas investigações, "foram obtidos fartos elementos de prova relacionados ao esquema. O trabalho continua com a análise do material arrecadado".

Segundo a investigação, o esquema era liderado por Daniel de Melo Nunes e Carlos Alberto Alonso, que negociavam privilégios para hospitais no Rio de Janeiro, com o aval de Omar e do ex-gerente de Saúde da estatal, Marcos da Silva Esteves.

Esses hospitais recebiam em um mês pagamentos que demorariam até três meses. Em troca, as unidades de saúde pagavam propina aos funcionários dos Correios.

A investigação concluiu ainda que a quadrilha superfaturou o pagamento de procedimentos cirúrgicos e elevou os valores de diárias e taxas pagas a alguns hospitais, bem como pagou por serviços não prestados. Uma cirurgia superfaturada custou quase R$ 1 milhão.

O MPF denunciou Omar, Marcos e outros sete pessoas.

"O Judiciário já determinou o afastamento do cargo de três servidores públicos e determinou o bloqueio dos bens de todos os denunciados. As perspectivas para que os recursos desviados sejam recuperados são boas", afirmou o procurador da República Sérgio Luiz Pinel Dias, autor da denúncia.

A reportagem procurou a assessoria de imprensa dos Correios, em Brasília, e a assessoria do Hospital Espanhol, na tarde de hoje, mas até as 16h30 não havia recebido resposta.

Os funcionários dos Correios denunciados pelo MPF não foram localizados.

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