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PF busca joias de mulher de Cabral em endereços no Rio

Policiais foram enviados para endereços no Rio de Janeiro de pessoas próximas à ex-primeira-dama do Estado Adriana Anselmo

Adriana Ancelmo: MPF estima que somente em uma joalheira a família Cabral lavou ao menos 4,5 milhões de reais (Ricardo Moraes/Reuters)

Adriana Ancelmo: MPF estima que somente em uma joalheira a família Cabral lavou ao menos 4,5 milhões de reais (Ricardo Moraes/Reuters)

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Reuters

Publicado em 23 de junho de 2017 às 09h20.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 09h39.

Rio de Janeiro - A Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão nesta sexta-feira em dois endereços no Rio de Janeiro de pessoas próximas à ex-primeira-dama do Estado Adriana Ancelmo, mulher do ex-governador Sérgio Cabral, em busca de joias que teriam sido compradas pelo casal com recursos ilegais.

A Polícia Federal informou em nota que cumpriu dois mandados de busca e apreensão nos bairros de Ipanema e Jardim Botânico, na zona sul da cidade, "para localizar bens de valor, joias, em residências de pessoas ligadas a uma das investigadas pela operação Calicute, deflagrada pela PF em novembro de 2016".

De acordo com uma fonte da PF, os agentes estiveram na casa da irmã de Adriana Ancelmo e na residência da governanta da família em busca de joias da ex-primeira-dama supostamente escondidas.

Cabral, que está preso desde o ano passado, e a mulher, que cumpre prisão domiciliar, são suspeitos de lavar dinheiro arrecadado em um grande esquema de propina e corrupção montado pelo ex-governador na época em que comandou o Estado do Rio de Janeiro comprando bens como jóias e obras de arte.

Nesta semana, o ex-governador virou réu em um processo em que é investigado por comprar joias em uma famosa joalheira usando dinheiro de propina. O MPF estima que somente em uma joalheira a família Cabral lavou ao menos 4,5 milhões de reais. De acordo com o MPF, só uma das jóias teria custado 1,8 milhão de reais, e os valores investigados poderiam chegar a 11 milhões de reais.

O MPF estima que 189 joias podem ter sido compradas com recursos oriundos de propina, mas até agora apenas 40 joias foram apreendidas pelas autoridades.

Cabral já foi condenado em Curitiba pelo juiz Sérgio Moro a 14 anos e 2 meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro por desvios em contratos do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj). Além da condenação, o ex-governador é réu em diversos processos na Justiça.

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