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PF apura se esquema beneficiou Pimentel

Investigação ocorre no âmbito da Operação Acrônimo, que prendeu na sexta-feira o empresário Benedito Rodrigues de Oliveira Neto, o Bené, ligado ao PT.


	Fernando Pimentel (PT): a investigação ocorre no âmbito da Operação Acrônimo
 (Denis Ribeiro/Exame)

Fernando Pimentel (PT): a investigação ocorre no âmbito da Operação Acrônimo (Denis Ribeiro/Exame)

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Da Redação

Publicado em 2 de junho de 2015 às 10h09.

Brasília - A Polícia Federal apura suposta prática de crime eleitoral envolvendo a campanha do governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), em 2014.

A investigação ocorre no âmbito da Operação Acrônimo, que prendeu na sexta-feira o empresário Benedito Rodrigues de Oliveira Neto, o Bené, ligado ao PT.

Investigadores disseram ao jornal O Estado de S.Paulo que as buscas e apreensões cumpridas na semana passada corroboraram as suspeitas de que a campanha de Pimentel teria recebido dinheiro de um esquema operado por Bené.

Até o momento, o governador não é investigado, mas sua mulher, Carolina Pimentel, também foi alvo das ações da PF na sexta-feira. A primeira-dama de Minas nega qualquer envolvimento com o caso.

A investigação foi iniciada em outubro do ano passado, quando a Polícia Federal apreendeu, no Aeroporto de Brasília, R$ 113 mil em dinheiro numa aeronave que trazia Bené e outros colaboradores da campanha de Pimentel de Belo Horizonte.

O empresário levava material de campanha do atual governador petista e uma planilha na qual estava escrita "campanha Pimentel", mas em depoimento negou ter participado da disputa pelo governo de Minas.

Levantamento no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mostra que uma empresa da família de Bené, a Gráfica Brasil, recebeu R$ 3 milhões do comitê financeiro do PT mineiro em 2014.

Bené disse que apenas a gráfica da sua família teria atuado como fornecedora da campanha.

Na prestação de contas de Pimentel não constam despesas feitas com a Gráfica Brasil.

Na sexta-feira, a PF realizou busca e apreensão em residências e empresas no Distrito Federal e em outros dois Estados.

A antiga residência de Carolina e o prédio onde sua empresa era localizada, ambos em Brasília, foram alvo das buscas.

Em entrevista no sábado, Pimentel disse que as ações contra sua mulher foram um "erro". O advogado de Carolina, Pierpaolo Bottini, negou a suspeita da PF de que a empresa da primeira-dama seja de "fachada", afirmando que a Oli Comunicação foi encerrada em janeiro deste ano e que deixou o prédio que ocupava em julho de 2014.

Defesas

Procurado, o PT de Minas não quis se manifestar sobre o caso. O governo do Estado também não se manifestou.

A defesa de Bené informou que a gráfica da família do empresário foi contratada pelo PT de Minas Gerais e por isso a despesa não consta da prestação de contas de Pimentel.

"A posição que se tem é de prestação de serviço ao comitê. Exatamente por isso a prestação de contas se refere ao comitê", disse o advogado Celso Lemos, que não soube informar que tipos de serviços foram prestados pela Gráfica Brasil nem a quais candidatos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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