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PF apura fraudes em ministérios de Dilma em nova fase da Acrônimo

Investigação apura pagamento de propina pelos ministérios da Saúde, das Cidades e do Turismo no governo Dilma

Polícia Federal: mandados abrangem estados do Rio, São Paulo, Minas Gerais e o Distrito Federal (Getty Images/Getty Images)

Polícia Federal: mandados abrangem estados do Rio, São Paulo, Minas Gerais e o Distrito Federal (Getty Images/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 27 de outubro de 2016 às 08h36.

Rio de Janeiro - A Polícia Federal lançou nesta quinta-feira uma nova fase da operação Acrônimo para investigar suspeita de pagamento de propina na contratação de empresa de publicidade pelos ministérios da Saúde, das Cidades e do Turismo durante o governo da ex-presidente Dilma Rousseff.

De acordo com a PF, serão cumpridos 20 mandados judiciais, sendo dez de busca e apreensão e dez conduções coercitivas, nos Estados de Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais, além do Distrito Federal.

"A operação está focada em dois inquéritos policiais que apuram eventos distintos da investigação. Um deles refere-se à cooptação e pagamento de vantagens indevidas para que empresa de publicidade elaborasse campanhas educativas do Ministério da Saúde, Ministério das Cidades e Ministério do Turismo nos anos de 2011 e 2012", disse a polícia em nota.

"O outro evento investigado nesta fase é fraude em licitação da Universidade Federal de Juiz de Fora, vencida pela gráfica de um dos investigados. Posteriormente, o Ministério da Saúde utilizou a mesma ata fraudada", acrescentou.

Segundo uma fonte da PF, um dos alvos na nova fase da Acrônimo é Benedito Rodrigues de Oliveira Neto, o Bené, empresário suspeito de ligação com o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), que também é alvo da Acrônimo.

A operação Acrônimo foi deflagrada inicialmente em maio de 2015 para investigar suspeita de desvio de recursos públicos para a campanha de 2014 ao governo de Minas de Pimentel, que foi ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior de Dilma.

O governador mineiro foi denunciado em maio de 2016 pela Procuradoria-Geral da República por suspeita de conceder benefícios tributários em troca de propina quando era ministro.

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