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PF apura fraudes em financiamentos imobiliários da Caixa

Suspeita de que servidores desviaram milhões por meio de um esquema de financiamento de imóveis levou a Polícia Federal a cumprir mandados judiciais


	Caixa: servidores criaram empresas fictícias em nome de parentes, diz PF
 (Lia Lubambo/EXAME)

Caixa: servidores criaram empresas fictícias em nome de parentes, diz PF (Lia Lubambo/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 18 de agosto de 2014 às 10h58.

Brasília - A suspeita de que servidores da Caixa Econômica Federal, no Maranhão, desviaram mais de R$ 500 milhões por meio de um esquema fraudulento de financiamento de imóveis levou a Polícia Federal (PF) a cumprir, hoje (18), 44 mandados judiciais.

Segundo a assessoria da PF, os servidores criaram empresas fictícias em nome de parentes.

As empresas eram então contratadas para prestar serviços como correspondentes bancários imobiliários, pelos quais recebiam comissões, mesmo os contratos sendo fechados nas próprias agências da Caixa, por pessoas ligadas ao esquema.

Ainda de acordo com a PF, escritórios de atendimento aos interessados foram montados no interior das agências bancárias, utilizando espaço físico e equipamentos da Caixa.

Os empregados dessas empresas chegaram a ter acesso às senhas restritas de empregados da Caixa.

As investigações apontam que todos os contratos de financiamento firmados durante o ano de 2010 em uma das agências eram fraudulentos.

Cento e vinte e um policiais federais que participam da chamada Operação Cartago cumprem 19 mandados de busca e apreensão, 18 de condução coercitiva (quando a pessoa é conduzida para prestar depoimento e liberada em seguida) e sete de comunicações de suspensão da função pública.

O nome da operação é uma referência à queda da cidade de Cartago, ao fim das Guerras Púnicas, em 146 a.C

Os envolvidos no esquema criminoso responderão, na medida de suas participações, pelos crimes de gestão fraudulenta, estelionato, peculato, corrupção passiva, corrupção ativa, advocacia administrativa, violação de sigilo funcional, inserção de dados falsos e sonegação fiscal.

Procurada pela reportagem, a direção da Caixa, em Brasília, ainda não se manifestou sobre o assunto.

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