Pezão: ele negou ter havido "traição" na divisão do apoio de sua chapa entre Dilma e Aécio (Tomaz Silva/Agência Brasil)
Da Redação
Publicado em 8 de agosto de 2014 às 15h16.
Rio de Janeiro - O governador Luiz Fernando Pezão, candidato à reeleição pelo PMDB, negou ter havido "traição" na divisão do apoio de sua chapa entre a presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição pelo PT, e o senador Aécio Neves, do PSDB.
Pezão declarou que nunca disse que apoiaria Aécio e afirmou que apenas aceitou o apoio, além de outros candidatos a presidente, como Everaldo Dias (PSC) e Levy Fidelix (PRTB). Ele também reafirmou que apoiará Dilma.
"Não se trata de traição. Eu vou apoiar a presidente Dilma até onde o PT quiser e deixar. Tenho o maior carinho e gratidão por ela", afirmou nesta sexta-feira, durante sabatina promovida pela UOL, Folha de S. Paulo e SBT.
"Meu partido é o Rio de Janeiro, e a presidenta Dilma nos ajudou muito. Tudo que for bom para o Rio de Janeiro eu vou apoiar e me relacionar."
Para Pezão, se o PT apoiasse, como apoiou o governo Sérgio Cabral Filho (PMDB) desde 2007, o problema não existiria.
"Desde o momento em que o PT se sentiu no direito de ter candidatura própria, o senador eleito por nossa chapa (em 2010, Lindbergh Farias, petista), tive oportunidade de levá-lo a 85 municípios. Respeito esse direito (de Lindbergh se lançar candidato)."
Pezão dedicou boa parte da sabatina a defender a política de segurança do governo do estado. Negou que faltem policiais nas ruas por causa da prioridade dada às Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs).
"Nenhum policial saiu do batalhão para ir para UPP", afirmou.
"Colocamos policiais novos na UPP. Vamos colocar cada vez mais PMs nos batalhões e nas UPPs". O governador também defendeu os policiais das acusações de abuso de autoridade e crimes.
"Nós temos 49 mil PMs e 11 mil policiais civis. Se tem um governo que cortou na carne, foi o nosso. Eles (os policiais) entram em vielas e comunidades defendendo nossa população", declarou Pezão, que afirmou que o governo expulsou mais de mil policiais. Ele prometeu ainda levar UPPs à zona oeste da capital, Baixada Fluminense, São Gonçalo e Niterói. "Não vamos retroceder um milímetro. Vamos continuar investindo, foi o segredo de nosso sucesso."
O peemedebista defendeu ainda a redução da maioridade penal para crimes hediondos e a regionalização do Código Penal. " A gente não pode ter o mesmo Código Penal no Rio de Janeiro assim como temos em Rondônia, em Roraima e no Acre. Assim como não podemos ter o Código Florestal da Amazônia aqui no Rio de Janeiro", declarou.