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Pezão: Intervenção deve permanecer no 1º ano de mandato de sucessor

Temer tem dado indicações em algumas conversas com políticos mais próximos e sinalizações em entrevistas de que pode encerrar a intervenção no Rio

Pezão: "Sempre me coloquei à disposição em ajudar o presidente Temer... se precisarem interromper a intervenção, me comprometi em manter as pessoas que os militares indicarem" (Fernando Frazão/Agência Brasil)

Pezão: "Sempre me coloquei à disposição em ajudar o presidente Temer... se precisarem interromper a intervenção, me comprometi em manter as pessoas que os militares indicarem" (Fernando Frazão/Agência Brasil)

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Reuters

Publicado em 10 de maio de 2018 às 20h53.

Rio de Janeiro - O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (MDB), defendeu nesta quinta-feira que os militares mantenham a intervenção federal na área de segurança pública do Estado pelo menos até o fim do primeiro ano de mandato do seu sucessor a ser eleito em outubro deste ano.

O presidente Michel Temer tem dado indicações em algumas conversas com políticos mais próximos e sinalizações em entrevistas de que pode encerrar a intervenção no Rio, caso ela dê resultados até o final do ano, permitindo assim que o Congresso vote uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), como a da reforma da Previdência. A Constituição prevê que seu texto não pode ser alterado na vigência de uma intervenção federal.

"Sempre me coloquei à disposição em ajudar o presidente Temer... se precisarem interromper a intervenção, me comprometi em manter as pessoas que os militares indicarem", disse Pezão a jornalistas após participar do Fórum Nacional, promovido pelo Instituto de Altos Estados (Inae).

"Mas minha opinião é que a intervenção não vai terminar e vai continuar até pelo meu sucessor. O Rio é uma situação atípica e precisamos de ajuda federal", disse Pezão.

"Sem contingente forte aqui, é difícil vencer a guerra, e duvido que em 2019 vá se dispensar essa parceira e cooperação", acrescentou o governador, quando indagado se a intervenção poderia acabar até dezembro.

Segundo Pezão, os militares precisam de mais tempo no Estado para mostrar os resultados esperados na redução da violência e da criminalidade. Estudos mostram que desde o início da intervenção, há quase três meses, os índices subiram.

"Tenho conversado com os generais e eles já esperavam esse recrudescimento do tráfico e das milícias. Os criminosos também testam a força da segurança pública", disse Pezão.

Somente neste ano quase 50 agentes de segurança já morreram no Estado e há diversos casos de balas perdidas e de confrontos em comunidades. Nos últimos dias, os confrontos se intensificaram na Rocinha, localizada na zona sul, próxima a uma área nobre da cidade.

 

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